sexta-feira, novembro 23, 2007

Programa e.escola da TMN (quase uma telenovela) - Epílogo

O telefonema da TMN era para me avisar que qualquer anomalia que tivesse com o portátil, teria de o levar à Fujitsu-Siemens para eles resolverem a situação. Voltei a explicar pela enésima vez que o computador estava (e está) a funcionar perfeitamente. O problema era mesmo da placa... e que me vi forçado a passear por duas lojas da TMN e pelo atendimento telefónico sem que ninguém conseguisse resolver cabalmente o problema... que só ao fim de três placas é que me calhou uma que funcionasse... que tive de ser eu a pô-la a funcionar. Disse-me a menina: "Lamentamos esta situação". Respondi: "Pode crer que eu também lamento". Agora que escrevo isto, lembro-me daquela frase dos Gatos Fedorentos que surte um efeito negativo quando dita num velório, mas que aqui resulta às mil maravilhas: "Tudo isto é extremamente lamentável".

sexta-feira, novembro 16, 2007

Programa e.escola da TMN (quase uma telenovela) - Parte IV

Ao ir de carro para casa, uma ideia não me saía da cabeça: "a placa conseguiu funcionar na loja... deve ser uma questão de tentar fazer um hard reset à placa e seguir muito bem os passos de instalação".

Dito e feito. Eis como procedi:
  • Retirei a bateria da placa e esperei 5 segundos (chamem-me picuínhas... mas é uma forma de ter a certeza que já não existe o mínimo de electricidade nos circuitos);
  • Liguei a placa a uma das portas USB e esperei. A diferença relativamente às placas defeituosas foi óbvia. O computador reconheceu um drive externo e instalou o software que vem na memória da placa. Se isso não acontecer consigo, procure uma nova drive no computador e clique em "autorun.exe".
  • O software instalou devidamente. Depois, apareceu uma janela que dizia para retirar quaisquer discos ligados ao computador e premir o botão que finaliza a instalação.
  • Retirei a placa do computador e premi o botão para finalizar a instalação.
  • O computador fez reboot.
  • Ao iniciar, voltei a colocar a placa na mesma porta USB e tive de cancelar uma nova execução do programa de instalação do software da placa.
  • Ainda tive de cancelar um programa de desinstalação do software da placa.
  • Cliquei no ícone com o símbolo da TMN que, durante a instalação apareceu no desktop e abriu-se o software que permite o acesso à Internet.
  • Esperei que no interface do software fosse indicado "P TMN" e "UMTS".
  • Cliquei no ícone que permite o acesso à Internet e premi o botão "Ligar Agora".
  • Finalmente a ligação estabeleceu-se.
  • O Vista perguntou-me se estava em casa, num local público ou no trabalho.
  • Escolhi a opção casa e a partir daí fiquei com acesso à Internet.

Se a vossa placa não se comportar da forma que descrevi e se tiverem testado com sucesso as portas USB do vosso computador com outros dispositivos (ratos, teclados, discos externos, impressoras, máquinas fotográficas, etc.), muito provavelmente o problema é da placa de acesso à banda larga e não do computador. Exijam que vos substituam a placa. Só em último caso é que se poderá admitir uma avaria nas portas USB do computador. Isto é uma opinião pessoal: dou mais credibilidade à Toshiba e à Fujitsu-Siemens do que à ZTE, TZE, EZT ou lá como se chama a placa chinesa; nisso e no facto de nunca me ter deparado com uma porta USB que funcionasse mal. Mas isto, como digo, é uma opinião pessoal.

Hoje a TMN já tentou contactar-me, penso eu, em virtude da minha sugestão/reclamação na loja. Vou dar-lhes conhecimento dos últimos desenvolvimentos e esperar que outros utilizadores não tenham que penar como eu penei.

Do ponto de vista económico, a venda de um pequeno número de placas chinesas de um determinado lote é capaz de compensar o rácio de placas defeituosas desse lote e os aborrecimentos que as pessoas que estão a dar a cara nas lojas TMN e os clientes têm.

Numa sociedade competitiva e globalizante, às vezes compensa espremer os custos e vender material de fraca qualidade... os lucros, mesmo assim, podem compensar. Mas, compensará a imagem com que o cliente fica das marcas? Neste caso, da TMN e da ZTE?

Quem for curioso, vá ao Site Meter ver no menu "Referrals" quais os assuntos que as pessoas pesquisaram e que os levou às minhas páginas: ZTE, Drivers, Vista, TMN, problemas... imagino a quantidade de pessoas que estará a passar pelo mesmo. Imagino também que este pacote e.Escola da TMN foi planeado em cima do joelho... ou talvez não... já que os clientes são forçados, ao aderirem ao programa, a ter aquela placa e a fidelizarem-se por um período de 36 meses.

Cala-te e come.

Programa e.escola da TMN (quase uma telenovela) - Parte III

A menina do atendimento dirigiu-se novamente ao armazém.

Passaram-se poucos segundos até ela voltar acompanhada por uma pessoa que julguei ser a gerente da loja... por estar mais bem vestida e por ser uma aspirante a diplomata. Cumprimentou-me e fez-me contar pela... quinta vez todas as peripécias relacionadas com a placa chinesa.
- "Sabe, nós aqui não temos conhecimentos técnicos para resolver o seu problema. Aquilo que os funcionários sabem, muitas vezes é por carolice. Nós só estamos especializados em vender telemóveis. Fizemos há pouco tempo um acordo com a PC Clinic para que eles resolvessem este tipo de problemas. O senhor leva o seu PC lá e eles resolvem-lhe a anomalia".
- "Mas o meu PC não tem nada! Está a funcionar perfeitamente! O problema é da placa"!
- "Mas disseram-me que já tentaram com a placa aqui da loja e também não funcionou"...
- "E a placa que vocês têm é nova"?
- "É uma placa nova, é"!
- "E não poderei experimentar outra placa"?
- "Uma placa diferente da sua"?
- "Não! Outra placa nova igual à minha... pode ser que eu esteja com tanto azar que mesmo a placa "nova" que vocês trouxeram agora também tenha defeito"!
- "Quer experimentar outra placa"?
- "Sim"...
- "Um momento"...
A gerente lá foi buscar outra placa, que desembrulhou à minha frente. Esta vinha com celofane. A outra placa "nova" veio sem celofane do armazém.

Ao instalar esta terceira placa, o computador comportou-se de forma diferente. Reconheceu (finalmente) o dispositivo e instalou o software de acesso à Banda Larga TMN. Infelizmente, sei agora, a menina do atendimento deixou ficar a placa ligada depois de carregar no botão para finalizar a instalação. Este foi um passo errado na instalação da placa. Não me apercebi do facto porque não consegui ler as letras da janela do programa de instalação. Ela foi demasiado rápida a clicar no botão "Finalizar".

Fiquei convencido que a placa seria correctamente instalada e mandei uma boca que fez rir quem estava na loja:
-"Pois é... vocês adquiriram placas chinesas... não admira que só 25% (*) delas funcionem"!
A gerente ficou visivelmente perturbada quer com a minha boca quer com o facto de à terceira placa as coisas terem-se comportado de forma diferente.

O que é certo, é que continuava a dar hardware desconhecido. Ainda tentei desinstalar tudo e instalar novamente, mas não consegui. Também aqui cometi um erro... deveria ter retirado a bateria da placa para que ela fizesse um hard reset...

Perante tudo isto, a gerente sugeriu-me que iria agendar uma hora na PC Clinic para que eu pudesse levar lá o meu computador (e ela a insistir com o computador!). Pergunta a outra menina da loja à gerente:
- "E eles na PC Clinic também têm placas, se o problema for da placa"?
- "Não... eles lá só reparam computadores... se for da placa, tem de vir cá para nós fornecermos outra placa".
Já estava a ver o filme todo...
Lá agendou com a PC Clinic a dita "reparação", ficando com o meu contacto. Isto passou-se no dia 14 de Novembro de 2007. Hoje, 16 de Novembro de 2007 ainda não tive nenhum contacto da PC Clinic...
- "E diga-me uma coisa... se entretanto passar um mês, não sou obrigado a pagar a mensalidade da banda larga, pois não"?
- "Não. Essa placa é pré-paga. Só terá de começar a pagar as mensalidades depois de efectuar dowloads ou uploads com ela".
- "E durante quanto tempo posso trocar uma placa por uma nova sem que esta vá para reparação"?
- "Um mês".
- "Ora bem... já não vou escrever no vosso livro de reclamações, mas quero preencher o vosso formulário de sugestões/reclamações, porque me desagradou totalmente a forma como a TMN dá o suporte pós-venda no programa e.Escola.

A gerente imprimiu o formulário e não saiu da minha beira enquanto eu escrevi o seguinte:
"Venho, por este meio, fazer uma reclamação sobre a forma como o serviço pós-venda dos computadores no âmbito do programa e.Escola é feito. Nomeadamente, não existe um atendimento eficaz por parte das pessoas das lojas TMN por falta de conhecimentos. No meu caso em particular, vi-me forçado a tratar de um assunto relacionado com a placa de banda larga da seguinte maneira: atendimento telefónico por três vezes para o 12 030 sem resultados satisfatórios que conduziram a pessoa do atendimento a encaminhar-me para uma loja TMN do Norte Shopping para substituição da placa. Por falta de placas, esta encaminhou-me para a loja TMN do Arrábida Shopping onde também não resolveram o problema por substituição da placa. Só aí é que foi informado sobre o facto de ter de enviar o meu computador à PC Clinic, porque só aí haveria pessoal qualificado para resolver a situação. O meu desagrado não vai directamente para o atendimento da loja TMN do Arrábida Shopping mas antes para forma como a TMN não consegue lidar de forma satisfatória com problemas relacionados com o programa e.Escola para o qual concorreu e presta serviços. Com votos que de futuro estas situações sejam previstas com o mínimo de incómodos para os clientes, cumprimentos"...

Lá fui para casa, com a terceira placa na minha posse e convencido que a conseguiria pôr a funcionar... porque a última coisa que eu queria é que andassem a arranjar um computador perfeitamente funcional.

Não percam a quarta e última parte desta empolgante telenovela. Só aí ficarão a saber como consegui resolver a situação!

(*) A estatística está mal feita, eu sei. Para uma amostra de três placas de banda larga (que é uma amostra manifestamente reduzida), se só uma funciona, deveria dar um rácio de 33% para placas de banda larga sem defeito. Contudo, aplicando o senso comum e tendo em conta que se tratam de placas chinesas, convém introduzir um factor de ajuste (também denominado de coeficiente de cagaço) de -8%, perfazendo um total de 25%.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Programa e.escola da TMN (quase uma telenovela) - Parte II

Eis então que chega o momento de instalar a Placa de Banda Larga da TMN: ZTE MF620. Ficou o caldo entornado. As instruções estão escritas num português duvidoso, o que até tem uma certa piada, porque a placa é fornecida no âmbito programa e.Escola.

Durante a instalação infrutífera, a placa não teve o comportamento previsto nas instruções. Lia-se nestas algo parecido com: "para dúvidas sobre a instalação, consulte a nossa Hot Line". O número da Hot Line é estrangeiro, por isso, fiquei com receio de ser atendido por um Chinês.

Como eu não percebo bolha de Mandarim, resolvi confiar mais no número de apoio da TMN, que também vinha indicado: o 12 030. Nas opções, escolhi "5" e sou atendido por alguém (cerca de 5 minutos depois) que me aconselha a ter a placa ligada ao computador durante 1,5 horas para carregar a bateria. Assim fiz. Voltei a ligar para o número de apoio da TMN e desta vez tive de esperar cerca de 7 minutos. A pessoa do outro lado pareceu-me mais entendida e tentámos várias coisas: põe placa, tira placa, põe bateria, tira bateria, põe cartão, tira cartão, instala a placa num PC com Windows XP... nada... a placa estava mesmo mortinha e o computador não conseguia reconhecer o dispositivo. Perguntava sempre por um CD de acompanhamento do Hardware, coisa que não existe.

A dada altura, a pessoa do atendimento sugere que eu me desloque a uma loja oficial TMN para que me substituam a placa, já que o erro parece ser da placa. Perguntaram-me de onde era e de entre as escolhas que me deram, disseram-me que me poderia deslocar à loja do Norte Shopping.

No outro dia, dirijo-me à loja do Norte Shopping, contei-lhes o que se tinha passado e pedi que me trocassem a placa. Depois de irem ver ao armazém, disseram:
- "Olhe... só temos esta embalagem aberta com uma placa... mas não sabemos se já foi utilizada, ou se está avariada... mas se quiser levar...".
Eu respondi:
- "Não... acho melhor trocar esta por uma equivalente, ou seja... nova... onde posso arranjar isso"?
Disseram-me:
- "Tem a loja tal com x placas, a loja tal com y placas e a loja TMN do Arrábida Shopping com 24 placas".
Perguntei eu:
- "Então se eu me deslocar à loja TMN do Arrábida Shopping eles resolvem-me o problema"? Retorquiram:
- "Sim"!

No fim do dia de trabalho, desloquei-me à loja TMN do Arrábida Shopping e contei, pela quarta vez, todas as minhas peripécias:
- "...e disseram-me que poderia trocar aqui a minha placa, uma vez que vocês têm 24 placas".
Antes disso, tentaram a todo o custo instalar a minha placa defeituosa no computador, sem sucesso, repetindo todos os passos que eu já tinha feito anteriormente. A dada altura, diz a menina da loja:
- "Olhe... nós não temos capacidade para lhe resolver o problema... vai ter de ir à TMN da Boavista para que eles possam reparar a placa".
Aí, eu explodi:
- "Desculpe lá! Do Norte Shopping mandam-me para aqui... e agora vocês mandam-me para a Boavista? A placa não tem que ser arranjada! A placa tem que ser substituída, uma vez que tem menos de um mês nas minhas mãos! Eu quero que me substituam a placa"!
Outra menina da loja, talvez mais importante, perguntou à primeira o que é que eu queria. Foram as duas ao armazém e lá vieram com uma placa "nova". É evidente que as meninas da loja não percebiam muito das novas tecnologias e tiveram que pedir a ajuda de um terceiro funcionário que já estava a atender um cliente com um problema semelhante ao meu. A placa "nova" teve o mesmo comportamento da minha placa defeituosa.

Perante o meu olhar furibundo, uma cliente de meia idade veio ter comigo e disse:
- "Esse computador tem Windows Vista, não tem? É do Programa e.Escola, não é? Está com problemas na placa de rede, não está? Pois é... essas placas não costumam funcionar... tenho vários colegas com o mesmo problema"!
Fiquei de rastos e pensei que não seria naquele dia que teria o meu problema resolvido.
Depois de várias tentativas, eles acabam por me dizer:
- "Olhe... o seu computador também não funciona com esta placa. Deve ser um defeito do computador"!
- "Olhe que não! Essas portas USB estão a funcionar direitinho! Já liguei sem problemas um rato sem fios e um disco externo... o problema é da placa"...
- "Mas nós não temos os conhecimentos técnicos para lhe resolver este problema... vai ter que levar o computador e a placa à PC Clinic do Norte Shopping. A TMN fez um acordo com esta empresa para este tipo de problemas".
- "Então, por favor... vocês têm Livro de Reclamações"?
- "...temos"...
- "Queria escrever no Livro de Reclamações, por favor"...
- "Um momento"...

Não percam o próximo empolgante episódio!

Programa e.escola da TMN (quase uma telenovela) - Parte I

A minha namorada A. M. aderiu ao Programa e.Escola por intermédio da TMN. O computador Fujitsu-Siemens Esprimo 5515 foi entregue no passado dia 6 de Novembro. Colocá-lo a funcionar foi fácil, embora este necessitasse de muitas actualizações quer do Windows Vista e Office (através do Windows Update), quer dos drivers da placa gráfica (que de fábrica só suportava uma resolução de 1024x768, quando o computador possui um monitor de 1280x800).

Aconselho a fazerem as actualizações a partir da rede Wireless da vossa escola e não através da placa de rede da TMN, porque senão, quase que se vai o plafond de um mês de navegação. Para as actualizações do Vista e do Office, acedam ao Windows Update através do ícone respectivo disponível a partir do menu Iniciar. Para as actualizações dos drivers, aconselho uma visita ao site da Fujitsu-Siemens (http://support.fujitsu-siemens.com/com/support/downloads.html).

O computador trazia um software da TMN instalado, apelidado de Super SMS, e que prometia enviar SMS's grátis até 31 de Outubro de 2007 (sim... leram bem... o período grátis acabou antes da entrega do computador; suponho que muitas pessoas ao lerem a palavra GRÁTIS acabarão por não notar a validade da oferta). Escusado será dizer que foi a primeira coisa que desinstalei, até porque a activação do serviço implica pagar €3 por mês para ter SMS's ilimitados.

O computador também traz um software Anti-Virus da Symantec, mas só é válido por 90 dias. Depois disso é a pagantes. Uma boa opção FreeWare é o AVG Anti-Virus Free Edition (http://free.grisoft.com/doc/5390/us/frt/0?prd=aff).

De resto, o computador parece robusto e fiável. Assim fosse robusta e fiável a placa de banda larga da TMN que acompanhava o pacote, que tantas dores de cabeça me deu. Em breve colocarei a segunda parte desta telenovela, que carinhosamente dedicarei integralmente à placa de banda larga ZTE MF620 e ao Suporte da TMN.

"Me aguardem" e aprendam com as experiências dos outros...

sexta-feira, novembro 02, 2007

Penduricalhos

Não. Prometo que este blog não vai descambar. Este post reflecte apenas uma dúvida existencial que tem assolado a minha mente nos últimos tempos:

Onde estão os penduricalhos que alguns condutores ostentavam debaixo da traseira dos seus carros? Não sabem do que estou a falar? Vejam a imagem que se segue .

Para que conste, os penduricalhos são tão raros que a imagem que se segue teve de ser manipulada digitalmente para que a traseira deste mini possuísse um penduricalho equivalente ao aspecto dos penduricalhos que guardo nos recantos da minha memória.



Eram umas coisinhas feitas de cabedal e/ou napa e/ou plástico e que por vezes faziam-se acompanhar de um reflector (como se a sua função principal não conseguisse, por si só, satisfazer o alegre proprietário do penduricalho). Ficavam situados logo abaixo do pára-choques traseiro e extendiam-se até roçarem no solo. De facto, o carro em movimento provocava o desgaste do penduricalho, por atrito.

E qual era a função do enigmático penduricalho? Perguntam vocês.

É uma questão pertinente. E como todas as questões pertinentes, geralmente não tem uma resposta unívoca. Por um lado, alguns dizem que servia para descarregar a electricidade estática do veículo, impedindo os seus ocupantes de apanharem choques electroestáticos (excelente ideia! nem eu próprio sei quantos choques destes já apanhei na minha vida). Por outro, alguns afirmavam que essa dispersão da electricidade estática impedia os ocupantes dos veículos de enjoarem durante as viagens (outra excelente ideia! quando era pequeno, "virava frequentemente o barco" quando os meus pais aventuravam-se por estradas sinuosas a caminho de Resende). Havia também um grupo obscuro de pessoas que tinham a ideia de que os penduricalhos não serviam efectivamente para nada útil.

Ora se o que nada faz, pelo menos não faz mal, por que é que desapareceram do mapa estes penduricalhos que, se por um lado podem não fazer nada, por outro, poderão acabar com os choques electroestáticos e com os enjôos provocados pelos veículos motorizados?

Voltem, penduricalhos! Estão perdoados!

sexta-feira, outubro 26, 2007

Telenovelas

Na minha meninice, os serões eram passados parcialmente a ver episódios de telenovelas. A diferença para os dias de hoje, é que naquela altura só havia uma por dia! Deixo aqui algumas recordações empoeiradas para que todos possamos curtir um pouco de saudosismo...

Água Viva - Uma das primeiras novelas de que tenho memória. Marcou-me principalmente a música do genérico e aquela que foi o meu primeiro amor platónico televisivo: a Isabela Garcia (na altura, ela tinha 13 anos e eu 6).



Roque Santeiro - Quem não se lembra do Siôzinho Malta e da Viúva Porcina? A novela gira em torno de uma povoação (Asa Branca) cuja fonte de rendimentos é o turismo religioso, assente na lenda de Roque Santeiro, um mártir. Descobre-se afinal que Roque Santeiro está vivo e não é nada do que dizem ser. Ele volta para desmascarar todas as hipocrisias existentes. Para além do humor e excelentes desempenhos dos actores, fica também a fabulosa banda sonora.



Guerra dos Sexos - Uma novela marcada pelo humor e pelo desempenho de dois excelentes actores: Paulo Autran e Fernanda Montenegro.



O Bem Amado - A primeira novela colorida do Brasil. A frase mais conhecida é "Povo de Sucupira"! dita por Paulo Gracindo, cuja personagem era o Presidente de Sucupira. Uma das tramas gira à volta da construção de um cemitério, carinhosamente apelidado de "Elefante Branco", já que ninguém queria morrer para inaugurá-lo. Outra trama é a de Zelão: um homem cujo sonho é voar pelos seus próprios meios.

Palavras Giras

O Português é uma língua extremamente rica. Curiosamente, os Gatos Fedorentos sabem explorar bastante bem esta faceta e incluem nas suas rábulas, aqui e ali, algumas pérolas linguísticas, que ajudam a apimentar o humor.

Aqui vai a minha lista pessoal de palavras giras:
  • Cadafalso - estrado que se ergue em lugar público para justiçar condenados à morte;
  • Cambeta - aquele que é torto das pernas;
  • Cambota - veio que recebe o movimento alternado do êmbolo do motor e o transforma em movimento circular;
  • Chuca - gralha das torres;
  • Cocuruto - a parte mais alta de uma coisa;
  • Bisbilhoteiro - mexeriqueiro;
  • Doidivanas - pessoa leviana, estouvada;
  • Farofa - comida de farinha de mandioca cozida em manteiga ou toucinho;
  • Fífia - voz ou som desafinado;
  • Ganapo - garotelho;
  • Jarreta - pessoa velha e ridícula;
  • Morcão - indivíduo mandrião, molengão, palerma;
  • Patife - mariola, biltre, maroto, tratante, brejeiro;
  • Penca - folha grossa e carnuda de alguns vegetais;
  • Piloro - orifício de comunicação do estômago com o intestino;
  • Pingarelho - qualquer coisa mal segura;
  • Pupu - tufo de cabelo no alto da cabeça;
  • Rabanada - fatia de pão frita em azeite ou outra gordura, envolvida em ovos, depois de molhada em leite ou água, e polvilhada com açúcar e canela;
  • Sebo - substância gorda e consistente das vísceras abdominais de alguns animais;
  • Sovaco - cavidade sob o braço;
  • Zabumba - tambor grande.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Maternidades do Século XXI

O Governo encerrou várias maternidades alegadamente pela falta de condições que estas ofereciam às utentes. Por outro lado, desde que esta medida entrou em vigor (há menos de um ano), já nasceram 100 crianças em ambulâncias ou carros dos bombeiros. Deixem ver se entendo... uma ambulância ou um carro de bombeiros, geralmente com pessoas não qualificadas no que toca a partos, têm mais condições que as antigas maternidades... "'tá bem, 'tá"!

quinta-feira, outubro 04, 2007

Parabéns, Santana!

Acusam-no de ser popularucho... mas não o podem acusar de, pelo menos desta vez, não ter feito a coisa certa.



Resume numa atitude aquilo que as televisões precisam: um abanão. Para deixarem de ser popularuchas e concentrarem-se naquilo que deviam, ou seja, informarem imparcialmente, dando a relevância que os assuntos merecem (na vertente jornalística).

De notar duas coisas: a falta de à-vontade que a jornalista demonstrou perante uma situação inesperada e a simpatia com que Santana Lopes tratou a jornalista (provavelmente por vê-la aflita). Também houve a "breve pausa" da praxe.

segunda-feira, outubro 01, 2007

O Cosmos de Carl Sagan

Hoje instalei a nova versão do Google Earth, graças a uma dica do meu amigo F. S.. Esta nova versão contempla a exploração do céu e não somente da terra. Conseguimos ver as constelações, as galáxias, as estrelas, os planetas, as informações com eles relacionadas e até acompanhar o seu movimento. Um must.

Isto avivou-me a veia de astrónomo. Desde criança que sou muito interessado por estes assuntos... e em abono da verdade, não consigo imaginar quem não seja... quem não se tenha interrogado pelo menos uma vez sobre este mecanismo celeste, do qual somos peças integrantes... sobre qual o sentido de tudo o que existe... e mesmo por que é que tem de existir alguma coisa.

Quando olho para trás e tento procurar o momento em que começou o meu interesse pela astronomia, vem inevitavelmente à minha memória a série televisiva protagonizada por Carl Sagan: "Cosmos". Para quem não sabe, Carl Sagan foi um cientista de renome, envolvido em vários projectos da Nasa, como as missões Viking a Marte ou a Voyager, com o seu célebre disco de sons da terra, destinada a percorrer o espaço fora do nosso sistema solar, ao encontro de uma possível civilização extra-terrestre a quem entregar os cumprimentos terráquios.

Não consigo deixar de sentir um calafrio na espinha sempre que vejo a introdução desta série. A força das imagens, aliada à música magistral de Vangelis e o discurso de Carl Sagan, tornam este momento único. Carl Sagan tinha o dom de explicar os mais complexos fenómenos científicos ao comum dos mortais.



É de Carl Sagan a seguinte frase: "Cosmos é tudo quanto existe, existiu, ou existirá".

quarta-feira, agosto 29, 2007

Tocata & Fuga de Bach em Ré Menor

Enquanto deambulava pelo Youtube, encontrei esta maravilha... a Tocata & Fuga de Bach em Ré Menor como nunca a VIU!

Se quiser ver mais pautas de música, aconselho vivamente uma visita ao site http://www.musanim.com/index.html

sexta-feira, agosto 24, 2007

O aquecimento global é nosso amigo!

Hoje fiquei pasmado ao ouvir esta notícia:

"Vários países disputam a posse do Ártico. Com o aquecimento global e subsequente degelo, o Ártico será no futuro um local priveligiado para pesca, recursos como o petróleo e lugar de passagem para várias rotas marítimas".

Agora entendo o interesse de certos e determinados países não quererem assinar protocolos ambientais! Tudo isto faz parte de um plano maquiavélico pela posse do Ártico... pelo menos enquanto esses países não estiverem submergidos pelo aumento do nível médio da água dos oceanos... em virtude do aquecimento global.

Apetece-me dizer: HOMESSA!

As opiniões vinculadas através de posts com o label "Teoria da Conspiração" não devem ser levados a sério. Qualquer semelhança com situações, locais ou pessoas reais é mera coincidência. Não existem provas de nada que se escreva no âmbito deste post.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Mapa Mundi (ClustrMaps)

Vi a utilização do ClustrMaps no blog do meu amigo F. S. e gostei... vai daí, achei uma boa ideia colocá-lo também no meu blog... tenho uma certa curiosidade em saber de onde são os meus leitores e o SiteMeter não tem tantas potencialidades como este.

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quarta-feira, agosto 22, 2007

Timex Computer 2068 (TC 2068)

Longe vai o ano de 1987, onde pela primeira vez tive contacto com um computador. Depois de muitas insistências, lá consegui que os meus pais me oferecessem um TC2068 pelos meus anos (uma espécie de ZX Spectrum, mas com mais memória e uns comandos adicionais em BASIC, para além de um leitor de cartridges, cuja principal função era colocar a cartridge que emulava o ZX Spectrum).


Enquanto os meus amigos se divertiam com joguinhos, eu divertia-me a programar os meus próprios jogos em BASIC e a fazer desenhos no computador.

É evidente que eu também jogava! E como prova disso, aqui vai uma lista dos jogos que costumava jogar. Lembro-me que enquanto o penúltimo jogo desta lista "carregava", eu ia tomar um lanchinho... agora, até me dá vontade de rir o facto dos jogos carregarem instantâneamente. Dantes tínhamos de estar bastante tempo à espera que o programa "carregasse" na memória e, às vezes, para ver a desapontante mensagem: "R Tape Loading Error, 0:1".

Serve de exemplo para muitos jogos modernos as maravilhas que se conseguiam fazer apenas com 48 mil bytes:

Bruce Lee
Neste jogo, vestimos a pele de Bruce Lee. Pode ser catalogado como um "Beat-em-up", onde temos de passar vários ecrãs recolhendo objectos (#).



Chase H.Q.
Perseguição policial pura e dura. Temos de encontrar um fugitivo e fazê-lo parar a custo de toques entre carros. Um bom exemplo em que os gráficos do Z80 são bem utilizados.



Exolon
Talvez um dos jogos mais impressionantes em termos de gráficos. É um "Shoot-em-up", onde um astronauta tem de progredir por vários ecrãs passando por armadilhas e inimigos com formas estranhas.



Flying Shark
Um dos meus jogos preferidos. Pilotamos um pequeno avião que tem que progredir por território inimigo. Adrenalina típica dos "Shoot-em-up", gráficos bem conseguidos e velocidade vertiginosa são os ingredientes de um jogo que explora bastante bem todas as potencialidades do Z80.



Krakout
Um jogo ao estilo de Arkanoid em que, com uma raquete, comandamos uma bola que destrói as diversas composições que nos vão aparecendo em cada nível. Era o jogo em que o meu pai me expulsava várias vezes do computador para jogá-lo.



Nigel Mansell's Grand Prix
O melhor jogo de simulação de Fórmula 1. Basta dizer isto.



Pippo
O objectivo deste jogo é passar com o nosso bonequinho sobre as casas de um tabuleiro até que estas fiquem com a cor pretendida. Temos de fazer atenção para não cairmos fora do tabuleiro, ou chocarmos com outras personagem que por lá se movem. As pílulas neutralizam os nossos inimigos e o filho do Pippo dá-nos uma vida extra. Um excelente e divertido jogo.



Roadrace
Temos de chegar ao fim de um conjunto de corridas de automóveis com a melhor classificação possível. Cuidado com as manobras dos carros que estão à nossa frente, com a visibilidade e com as condições atmosféricas. Não é o melhor jogo de corridas, mas é cativante, na medida em que nos faz voltar a jogar para tentarmos superar a nossa marca anterior.



Saboteur
A nossa missão: explodir um complexo inimigo sabotando o computador central e conseguir fugir de helicóptero. Mais um bom exemplo de como se pode fazer um jogo com gráficos decentes, mesmo com as limitações do Z80.



Target Renegade
As ruas são perigosas. Neste jogo temos de passar vários cenários urbanos à medida que enfrentamos os elementos de perigosos gangs. Bons gráficos e boa jogabilidade.



Thanatos
Provavelmente um dos jogos mais originais e mais bem feitos para o Z80 a todos os níveis: gráficos, animação, pormenores, música e atmosfera. Aqui, vestimos a pele de um dragão que terá de passar por três castelos: no primeiro, irá buscar uma feiticeira; no segundo, irá deixar que a feiticeira pegue no seu livro de magias; no terceiro castelo, encontra-se o caldeirão onde a feiticeira poderá executar a sua magia. Pelo caminho, os mais variados perigos: aranhas venenosas, chuvas de pedras, dragões bicéfalos, cobras marinhas, arqueiros, abelhas, etc.



Turbo Esprit
Neste jogo, temos de percorrer as ruas de londres em busca do nosso inimigo, disparando sobre ele e cumprindo (minimamente) as regras de trânsito. Cuidado para não matar os peões!



Para jogar estes e outros jogos, visite: http://www.worldofspectrum.org/

quarta-feira, agosto 01, 2007

30ª Feira de Artesanato de Vila do Conde

No sábado passado, eu e a A. M. fomos até Vila do Conde (debaixo de um sol abrasador) para ver a 30ª Feira de Artesanato. Ficámos impressionados com a enorme quantidade de expositores que representavam fielmente quase todo o Portugal Continental e Insular.

Algumas peças de artesanato conseguiram prender o nosso interesse, mas acabámos por não comprar nada. Ficaram pelo menos as ideias de onde gastar dinheiro.

Antes de virmos embora, passámos pela beira rio. Aí encontrámos uma escultura peculiar, representando uma sereia a abraçar aquilo que eu julgo ser a caravela de Vasco da Gama... aguardo correcções...


Por falar em caravela, qual não foi o nosso espanto em deparármo-nos com uma caravela em tamanho real ancorada perto da referida escultura. Só nos fez ganhar respeito por quem, há mais de quinhentos anos atrás, resolveu embarcar nestas cascas de noz e fazer-se ao oceano imenso para dar "novos mundos ao mundo"!

Eis um pormenor das amarras e de uma das pesadas âncoras:

É impressionante a quantidade de cordas desta caravela. Deveriam ser necessários muitos marinheiros experientes para conseguirem manusear todas as velas. Pena que estas não estivessem à vista.

Adeus, Vila do Conde! E obrigado pelas surpresas que nos deste!

quinta-feira, julho 12, 2007

Enigma

Sou fã dos Enigma e do seu fundador, Michael Cretu, desde o seu primeiro disco, que remonta a 1990. A primeira vez que os ouvi, foi numa apertada discoteca da Costa da Caparica, nesse mesmo ano, quando por lá deambulava num passeio do 10º ou 11º ano. Alguns atributos daquela sonoridade marcaram a época e serviram de inspiração para muitos grupos de New Age e não só: os coros gregorianos, as pan-pipes, o ritmo. A aura de misticismo, o cheirinho a idade média, os laivos da inquisição e do culto religioso exacerbado estão lá, fundindo-se num cocktail de especiarias sonoras ao qual é difícil resistir. Pelo menos no que me diz respeito! Analisemos os álbuns:

MCMXC a.D.
O primeiro disco dos Enigma. Marcou definitivamente a época em que surgiu e abriu sendas por onde seguiriam os outros álbuns ("The Voice of Enigma" serve de entrada para outros discos). O canto gregoriano, as pan-pipes e as excelentes colagens de gravações de terceiros (como o canto lírico de Maria Callas na música "Callas Went Away" ou um hallelujah judaico na música "Hallelujah"), são os sons muito próprios deste álbum.

The Cross of Changes
Este disco continua na mesma linha do anterior, onde dominam os sons das pan-pipes. Os cânticos tribais dos Ameríndios surgem em músicas como "Return to Innocence", uma das minhas preferidas. As percursões primitivas, solos de guitarra com distorção e algumas reminiscências do velho oeste americano (dadas por uma gaita de boca) figuram noutra música da minha preferência: "I Love You, I'll Kill You". Este disco acaba por retratar o encontro dos europeus com os povos primitivos, acabando com o seu éden terrestre.

Le Roi est Mort, Vive le Roi!
Embora este disco comece por lembrar o "The Voice of Enigma", não se deixe enganar: a sonoridade dos Enigma vai mudar um pouco neste álbum. Torna-se mais sideral, mais tecnológico. Se tiver uma boa aparelhagem, conseguirá ouvir os graves poderosos da batida da música "Morphing Thru Time", que acompanham o coro gregoriano. Uma espécie de balada ritmada é o que caracteriza uma das minhas músicas preferidas deste álbum: "Why!" O cântico sânscrito funde-se com o coro gregoriano noutra música de eleição: "The Child in Us".

The Screen Behind the Mirror
O mote inicial para este álbum é novamente o espaço, que abre alas para a entrada poderosa da Ópera "Carmina Burana" de Carl Orff na música "The Gate", com passagens do "O Fortuna". Este "O Fortuna" volta a surgir num cenário radiofónico na minha música preferida desta colectânea: "Gravity of Love", que faz arrepiar a espinha toda. Em "Camera Obscura", Michael Cretu brinca um pouco com tocar às avessas: a voz canta a música do fim para o início. E gostou tanto do resultado que volta a usar este estratagema mais algumas vezes.

Voyageur
Curiosamente, ainda não me dediquei muito a escutar este disco, embora o tivesse comprado assim que surgiu. Ouvi-o uma ou duas vezes. A explicação que encontro é que talvez não me tivesse identificado com as músicas. Para dizer a verdade, neste momento não me lembro de nenhuma delas. Há que ouvi-lo de novo para tirar conclusões mais detalhadas.

A Posteriori
É o disco que me encontro a ouvir à medida que escrevo este post. Começa mais uma vez com os acordes de "The Voice of Enigma", mas dá rapidamente lugar a uma sonoridade reinventada. A música de abertura chama-se "Eppur Si Muove". É uma alusão à frase proferida por Galileu, quando disse que afinal a terra não estava fixa no centro do universo, mas movia-se à volta do sol. Quererá Michael Cretu transportar os Enigma da Idade Média para o Renascimento? O canto lírico surge novamente numa das minhas músicas preferidas: "Dreaming of Andromeda". "Dancing With Mefisto" e "20.000 Miles Over the Sea" têm ritmos bastante interessantes. "Sitting On The Moon" é uma balada ritmada bastante agradável. O álbum termina com outra fabulosa balada: "Goodbye Milky Way". O espaço parece ser a fonte de inspiração para Michael Cretu desde "Le Roi Est Mort, Vive le Roi!". E isto acaba por vir confirmado em "A Posteriori".

Lá do alto, apercebemo-nos da fragilidade do nosso planeta. Todos os eventos históricos, todas as pessoas que existiram, existem ou existirão se resumem àquele ponto azul.

"in 5 billion years
Andromeda galaxy will collide with our Milky way,
a new gigantic cosmic world will be born…"

terça-feira, julho 10, 2007

Fakir

Um Fakir (ou Faqir) é um recluso, um eremita, um pedinte. O meu estereótipo de Fakir é representado aqui por dois desenhos meus, que elaborei circa de 1998.



O Fakir aqui representado é nada mais, nada menos que o emblemático Mustafa Al Shariff, muito conhecido em Xabregas por palmar as carteiras dos incautos frequentadores dos autocarros da carris. O bichinho de estimação do Mustafa é o não menos conhecido Dumbe, diminutivo de Dumb Elephant. As suas habilidades mais notórias encontram-se aqui retratadas: programar com o auxílio da tromba e saltar para dentro de bacias de água desproporcionais ao seu corpo.

P.S. Sim... o monumento que serve de pano de fundo ao primeiro desenho é uma das novas 7 maravilhas do mundo: o Taj Mahal!

sexta-feira, julho 06, 2007

Dire Straits

Nas minhas páginas antigas tinha um conjunto de críticas aos álbuns dos Dire Straits que me apetece agora recuperar. Pode ser que tenham alguma utilidade! Junto de cada música, colocarei a minha pontuação, de "muito bom" (+++), "bom" (++), "razoável" (+) e "mais ou menos" (+/-). Uma música que tenha a guitarra de Mark Knopfler pelo meio, nunca levará de mim uma pontuação inferior a "mais ou menos". As músicas que levam esta pontuação são aquelas que sinceramente não me caem no goto, por não terem a qualidade ou a sonoridade que esperava dos "Dire Straits".

Dire Straits (1978)




O primeiro álbum "a sério" dos Dire Straits. Nota-se algum experimentalismo, mas a genialidade da guitarra de Mark Knopfler já lá está. Referências: "Water of Love", "Six Blade Knife" e a primeira música a catapultar os Dire Straits para a ribalta, "Sultans of Swing".
  1. Down To The Waterline ++
  2. Water of Love ++
  3. Setting Me Up ++
  4. Six Blade Knife ++
  5. Southbound Again ++
  6. Sultans of Swing +++
  7. In The Gallery +
  8. Wild West End ++
  9. Lions +
Comuniqué (1979)


Aclamado por alguns como sendo um dos melhores álbuns dos Dire Straits. Sou obrigado a concordar um pouco com esta perspectiva. Os Dire Straits apresentam-se suficientemente maduros e sabem mais o que querem, depois de algum experimentalismo. Algumas melodias nervosas e rápidas tiradas das cordas da guitarra de Mark Knopfler tornam este album inesquecível. Destaca-se o ritmo insinuante de "Once Upon a Time in the West", o poder de "Where do you think you're Going", o romantismo de "Portobello Belle", e a calma de "Follow Me Home".
  1. Once Upon a Time In The West ++
  2. News ++
  3. Where Do You Think You're Going? ++
  4. Communiqué ++
  5. Lady Writer ++
  6. Angel of Mercy ++
  7. Portobello Belle ++
  8. Single Handed Sailor ++
  9. Follow Me Home ++
Making Movies (1980)


Dois anos depois da entrada oficial dos Dire Straits no panorama musical, é lançado este álbum onde se podem ouvir algumas sonoridades diferentes dos Dire Straits, muito à custa dos teclados de Roy Bittan em músicas como "Tunnel of Love" e "Skateaway". "Romeo and Juliet" faz a sua aparição, tornando-se noutra música emblemática dos Dire Straits (bem como a guitarra com que Mark Knopfler toca, uma "National Style O" de 1937, que foi capa do disco "Brothers in Arms").
  1. Tunnel of Love ++
  2. Romeo and Juliet +++
  3. Skateaway ++
  4. Expresso Love +
  5. Hand In Hand +
  6. Solid Rock +/-
  7. Les Boys +/-
Live at the BBC (1980)


Um dos primeiros concertos ao vivo dos Dire Straits. Não é com certeza nesta colectânea que se nota o "à vontade" de Mark Knopfler em concertos ao vivo... ainda precisava de amadurecer até chegar ao Alchemy. Alguns momentos mortos, alguns "flash's" de genialidade, caracterizam este CD. Sobressai de tudo o resto a música "What's the Matter Baby?", da autoria do seu irmão David Knopfler.
  1. Down To The Wateline (live) +
  2. Six Blade Knife (live) +
  3. Water of Love (live) +
  4. Wild West End (live) +
  5. Sultans of Swing (live) ++
  6. Lions (live) +
  7. What's The Matter Baby? (live) ++
  8. Tunnel of Love (live) +
Love Over Gold (1982)


Um óptimo CD, a começar pela capa: um enorme relâmpago. Dizer qual das músicas é melhor, torna-se tarefa impossível. Se me encostassem contra a parede, escolheria "Telegraph Road", uma das músicas mais longas dos Dire Straits, "Private Investigations" com os seus solos de guitarra acústica e "Love Over Gold", uma música sentimental, com um fim bastante interessante onde o xilofone é o mestre de cerimónia.
  1. Telegraph Road +++
  2. Private Investigations +++
  3. Industrial Disease ++
  4. Love Over Gold +++
  5. It Never Rains ++
Alchemy (1984)
O primeiro grande concerto ao vivo dos Dire Straits com uma edição de luxo de dois CD's. Apresentam alguns dos seus êxitos musicais dos álbuns "Dire Straits", "Making Movies", "Comuniqué" e "Love Over Gold". Os solos de guitarra do Mark Knopfler são simplesmente geniais e únicos. O saxofone traz também alguma riquesa às melodias. São de salientar as versões de "Tunnel of Love", "Once Upon a Time in the West" e "Love Over Gold".

  1. Once Upon a Time In The West (live) +++
  2. Expresso Love (live) +
  3. Romeo and Juliet (live) +++
  4. Love Over Gold (live) +++
  5. Private Investigations (live) +++
  6. Sultans of Swing (live) +++


  1. Two Young Lovers (live) ++
  2. Tunnel of Love (live) ++
  3. Telegraph Road (live) +++
  4. Solid Rock (live) +/-
  5. Going Home - Theme from 'Local Hero' (live) +++
Brothers in Arms (1985)

Um dos primeiros álbuns em todo o mundo a ser convertido para o novo suporte musical em rápida ascenção: o CD. A exploração dos instrumentos musicais, os vários ritmos e melodias são o forte de "Brothers in Arms". Está cheio de músicas míticas dos Dire Straits: "Money for Nothing" (em parceria com Sting), "Brothers in Arms" (possivelmente uma das músicas preferidas de Mark Knopfler, porque atravessará toda a sua carreira) e "Your Latest Trick" com um solo imperdível de Saxofone. A crítica não fica completa sem mencionar a rebeldia e raiva da música "The Man's Too Strong - óptima para ser ouvida com o amplificador no Máximo.
  1. So Far Away +++
  2. Money for Nothing ++
  3. Walk of Life +
  4. Your Latest Trick +++
  5. Why Worry +/-
  6. Ride Across the River +/-
  7. The Man's Too Strong +++
  8. One World +
  9. Brothers in Arms +++
On Every Street (1991)

Depois de alguns anos afastados do estúdio, os Dire Straits fizeram aquele que viria a ser o "último grito do guerreiro": "On Every Street". As influências americanas são notórias, trazidas pela sonoridade da Pedal Steel Guitar de Paul Franklin. Destacam-se as músicas "Calling Elvis" que deu posteriormente uma óptima versão ao vivo do álbum "On the Night", "On Every Street" com um crescendo fabuloso, "You and Your Friend" e o seu dueto de guitarras fantástico e o místico "Planet of New Orleans". Um regresso em força para os Dire Straits, sem dúvida!
  1. Calling Elvis ++
  2. On Every Street +++
  3. When It Comes To You ++
  4. Fade To Black ++
  5. The Bug +/-
  6. You And Your Friend +++
  7. Heavy Fuel +
  8. Iron Hand +++
  9. Ticket To Heaven +
  10. My Parties +
  11. Planet of New Orleans +++
  12. How Long +
On the Night (1993)

O meu álbum ao vivo dos Dire Straits de eleição. Os solos de guitarra clássica são fantásticos e delirantes, sente-se a emoção da multidão ao rubro e as versões bem conseguidas de músicas emblemáticas proliferam. Salienta-se o solo estrondoso de Mark Knopfler em "Calling Elvis", o delírio de "Romeo and Juliet", outro solo estrondoso em "Private Investigations" e o fecho em glória com "Brothers in Arms".
  1. Calling Elvis (live) +++
  2. Walk of Life (live) +
  3. Heavy Fuel (live) +
  4. Romeo and Juliet (live) +++
  5. Private Investigations (live) +++
  6. Your Latest Trick (live) +++
  7. On Every Street (live) +++
  8. You And Your Friend (live) +++
  9. Money for Nothing (live) +
  10. Brothers in Arms (live) +++
Encores (1993)


Um Mini-CD apenas com quatro músicas, todas "encores", ou seja, aquelas músicas que o grupo canta quando é novamente chamado ao palco depois de formalmente o concerto já ter acabado. Há quem diga que alguns deixam o melhor para o fim, mas não considero este Mini-CD brilhante. Destacaria, para além de Your Latest Trick, apenas a versão de "Wild Theme" que serviu de banda sonora para o filme "Local Hero".
  1. Your Latest Trick (live) +++
  2. The Bug (live) +
  3. Solid Rock (live) +
  4. Wild Theme (live) +++

quarta-feira, julho 04, 2007

Melhoramentos

Ontem e hoje foi dia de novos experimentalismos no blog. Primeiro, adicionei uma ferramenta de pesquisa: o meu blog já está um bocadinho extenso e por isso, um motor de pesquisa vem mesmo a calhar. Se mesmo assim não encontrar o que procura, sempre poderá clicar num dos links sugeridos pelo Google. Boas navegações!

Caminhante...

Encontrei este poema na net, que reflecte um pouco aquilo que me vai na alma.

Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

Antonio Machado

segunda-feira, julho 02, 2007

Maiorias Absolutas? Não obrigado!

Já desde os tempos em que Cavaco ganhou as primeiras eleições com maioria absoluta que observamos um estranho fenómeno: a sede por maiorias absolutas. Todos as pedem: Primeiros-Ministros, Presidentes de Câmara, Aspirantes a Presidentes de Câmara...

As maiorias absolutas não deixam de ser um pouco a subversão da Democracia. É o povo que as dá... é certo... mas já por diversas vezes temos visto as consequências das maiorias absolutas: políticos autistas, que se valem da maioria absoluta para não ouvirem ninguém e criarem leis absurdas.

Um dos argumentos que os políticos usam para pedirem a maioria absoluta é: "...para nos deixarem governar e podermos tomar as medidas necessárias ao desenvolvimento de Portugal". Sou da opinião que são os políticos que criam a necessidade das maiorias absolutas. Quando há maioria relativa, as oposições não agem como verdadeiras oposições! Agem contra os governos, inviabilizando leis boas, pelo simples motivo de que o que interessa é ser contra o governo e as boas políticas dele. Porque, se as boas políticas não forem aprovadas, o governo cairá depressa e será a vez das oposições terem uma hipótese de irem para o governo. Depois, o ciclo repete-se.

Creio que portugal não evoluirá enquanto não existir um pensamento colectivo sobre o rumo certo a dar ao país. Enquanto os governos continuarem a ser autistas por causa das maiorias absolutas e enquanto as oposições não colocarem os interesses do país à frente dos seus interesses políticos e de auto-promoção.

Um novo olhar sobre a foz do Douro

A minha vida tem sido um corropio nos últimos tempos. Já não coloco posts por aqui há cerca de um mês... também porque não tinha nada que valesse a pena ser partilhado.
Porém, recentemente, fui convidado a participar numa travessia de barco pelas pontes que existem junto à foz do Rio Douro: Freixo, S. João, Infante, D. Maria, D. Luís e Arrábida.


Foi como se tivesse descoberto de novo aquela paisagem...
Navegar pelo rio Douro e olhar para as suas margens dessa nova localização é ter de facto um olhar diferente sobre as coisas. A brisa do fim da tarde e o sol poente fizeram o resto: emolduraram aqueles momentos inesquecíveis.


Chegados ao cais, a noite já tinha coberto parcialmente o céu e as luzes da cidade revelaram todo o seu explendor.


Houvessem mais dias assim, em que os sítios a que estamos demasiado habituados nos parecem novidades e conseguimos apreciá-los com a intensidade que eles merecem.

terça-feira, junho 05, 2007

Ponte da Arrábida

Este fim-de-semana desloquei-me à 77ª Feira do Livro do Porto, que se realiza no Pavilhão Rosa Mota. Cheguei por volta das três horas e constatei que a feira só abria a partir das quatro... que fazer? Virei-me para a A. M. e disse: olha, já que estamos aqui, vamos dar uma volta pelos jardim. E se bem pensámos, melhor o fizémos. Ao descer umas escaditas em pedra, fui surpreendido por esta paisagem avassaladora, que enquadrava perfeitamente a Ponte da Arrábida. Não resisti a imortalizar aquele momento.

O Porto nunca deixa de me encantar.

quarta-feira, maio 23, 2007

Repto

Leram bem... não foi um erro ortográfico... mesmo que rapto esteja mais na moda hoje em dia do que "repto".

Lanço aqui um repto, depois do meu blog fazer um ano! Quero saber quem são os meus leitores assíduos! Assim, se considerarem que são leitores assíduos do meu blog, comentem este post, colocando o vosso nome, local onde vivem e o que fazem. Não vou fazer nenhuma estatística... apenas mera curiosidade.

Obrigado desde já pelos vossos comentários.

quinta-feira, maio 17, 2007

Televisão

As TV's generalistas portuguesas não me enchem as medidas. Por isso, o pouco tempo que tenho disponível para me sentar em frente à televisão, é utilizado na "visionamentalização" de canais temáticos, mais propriamente, de alguns programas que passo a enumerar:

  • Extreme Makeover Home Edition (People+Arts)
    Um grupo de designers, construtores, carpinteiros e decoradores, transformam as casas de famílias com necessidades.
    http://abc.go.com/primetime/xtremehome/
  • Miami Ink (People+Arts)
    Alguns artistas de renome na arte de tatuar, abriram uma loja de tatuagens em Miami. Este reality show mostra os trabalhos e o dia-a-dia destes artistas.
    http://tlc.discovery.com/fansites/miami-ink/miami-ink.html
  • Orange County Choppers (Discovery Channel)
    Uma família composta por um pai e dois filhos irreverentes, gerem uma empresa de fabrico de motas customizadas. Neste reality show acompanhamos todos os passos desde a ideia original até ao trabalho acabado.
    http://www.orangecountychoppers.com/
  • Overhaulin' (Discovery Channel)
    Uma equipa diverte-se a pegar em automóveis quase prontos a ir para a sucata, "roubá-los" dos seus legítimos donos e num curto espaço de tempo, transformá-los em viaturas de sonho, para surpresa e alegria dos seus proprietários.
    http://www.overhaulin.com/
  • Oprah (SIC Mulher)
    Um dos talk shows mais conhecidos da américa.
    http://www.oprah.com/
  • Dr. Phil (SIC Mulher)
    Este psicólogo tenta resolver os problemas dos seus pacientes em frente às câmaras. Temos sempre algo a aprender com cada um dos programas.
    http://www.drphil.com/

Sempre que um destes programas está no ar, dificilmente consigo desviar a minha atenção da televisão! Se não conhecem, deiam uma espreitadela e vão ver que não se arrependem.


quarta-feira, maio 09, 2007

Save Your Kisses for Me

Hoje reapareceu na minha mente uma música muito antiga. Possivelmente a primeira música de que tenho memória. Fiquei espantado por saber que se trata da música ganhadora do Festival Eurovisão da Canção em 1976! O Festival realizou-se na Holanda e os intépretes de "Save Your Kisses for Me" são o grupo Brotherhood of Man, do Reino Unido.
Se quiser ficar bem disposto e alegrar o seu dia, veja o video! Como o tempo passa!



Save your kisses for me

Though it hurts to go away, it's impossible to stay
But there's one thing I must say before I go:
I love you (I love you), you know
I'll be thinkin' of you in most everything I do

Now the time is movin' on and I really should be gone
But you keep me hangin' on for one more smile
I love you (I love you) all the while
With your cute little wave
Will you promise that you'll save your...

Kisses for me, save all your kisses for me
Bye bye, baby, bye bye
Don't cry, honey, don't cry
Gonna walk out the door
But I'll soon be back for more

Kisses for me, save all your kisses for me
So long, honey, so long
Hang on, baby, hang on
Don't you dare me to stay
'Cause you know I'll have to say

That I've got to work each day and that's why I go away
But I count the seconds 'til I'm home with you
I love you (I love you), it's true
You're so cute honey, gee
Won't you save them up for me? Your...

Kisses for me, save all your kisses for me
Bye bye, baby, bye bye
Don't cry, honey, don't cry
Gonna walk out the door
But I'll soon be back for more

Kisses for me, save all your kisses for me
So long, honey, so long
Hang on, baby, hang on
Don't you dare me to stay
'Cause you know you've got to save your

Kisses for me, save all your kisses for me
Bye bye, baby, bye bye
Don't cry, honey, don't cry
Won't you save them for me
Even though you're only three?

segunda-feira, maio 07, 2007

Um post sobre o nada... e um mistério à mistura!

Deve ser do calor...
deve ser da falta de tempo...
deve ser da correria que a minha vida tem sido nos últimos tempos...
Seja qual for o motivo, ele deve ser muito bom para que eu ainda não tenha escrito nada de muito atractivo no espaço de um mês!

Palpita-me que no próximo fim-de-semana já tenha alguma coisinha para vos contar, ou para vos mostrar, uma vez que vou até Guimarães que, como sabeis, é o Berço de Portugal.

Vou ver se arranjo tempo para ver "O Mistério da Estrada de Sintra". Gostei bastante do trailer. Ainda para mais, porque aprecio bastante Nicolau Breyner como actor. A forma como ele diz: "Qual mistério? O mistério da casa de Sintra! Quem é que o matou? Onde é que está o cadáver? 'Tá enterrado? Não está enterrado?"... para mim, é o suficiente para me abrir o apetite cinéfilo.

Vám'lá embora apoiar as produções nacionais... quando elas valem de facto alguma coisa!

Deixei-o curioso? Veja: http://videos.sapo.pt/paPIP1BRRAhskUBhkC4o

sexta-feira, abril 13, 2007

33

Alguns factos relacionados com o número 33:

  • Jesus foi crucificado aos 33 anos.
  • Alexandre o Grande morreu aos 33 anos.
  • Em castelhano, quando querem que uma pessoa sorria para uma fotografia, dizem-lhe: "Diga treinta y tres"!
  • Os médicos, quando auscultam os pulmões de alguém, pedem que se diga "Trinta e três" (este é um hábito comum em Portugal, Espanha, França, Itália e Roménia)!
  • O autor deste blogue fez 33 anos no passado dia 11 de Abril de 2007.

terça-feira, março 20, 2007

Serra d'Arga

Ia eu a atravessar a ponte de Lanheses no sentido sul-norte, quando me deparei com a majestuosidade da Serra d'Arga. Numa manobra um pouco arriscada e até desviada daquilo que é a lei do código da estrada, não resisti a tirar-lhe uma fotografia com o meu telemóvel.

A Serra d'Arga tem 825 metros de altitude (no Alto do Espinheiro). Situa-se no Alto Minho e pertence ao sistema montanhoso da Peneda-Gerês. É de origem granítica.

Do outro lado da serra, acumulavam-se várias núvens gordas, que se esforçavam por ultrapassar aquele enorme obstáculo.

As "Chuvas Orográficas", também chamadas de "Chuvas de Relevo", têm origem no seguinte fenómeno: o ar, enquanto se desloca, é forçado a subir devido a uma grande elevação (por exemplo uma montanha ou uma serra); enquanto vai subindo pela elevação, vai arrefecendo (porque, conforme a altitude aumenta, a temperatura diminui); se continuar a subir, vai-se formar condensação e, se continuar a subir e a arrefecer mais, passa da condensação para a precipitação.

Acerca da Serra d'Arga, reza também o Fado de Coimbra:

Abaixa-té ó Serra d'Arga
Abaixa mais um nadinha
Quero ver o meu amor
Lá no terreiro, em Caminha

segunda-feira, março 19, 2007

Roots

Um dos motivos da minha alcunha (ou alias) El Gitano é devido ao facto de gostar bastante de música cigana, flamenco e afins.

Comprei em tempos um CD dos Gipsy Kings, que na verdade é uma edição limitada com um DVD de bónus que contém um overview sobre o período de gravação do álbum, uma entrevista com o produtor e algumas imagens inéditas sobre o passado dos Gipsy Kings.

O álbum chama-se Roots e é de facto um retorno às origens da música Cigana. Embora sejam todos temas originais, são inspirados em Fandangos (cantados apenas com voz e guitarra) e Boleros. Usaram os instrumentos 'Gitanos' tradicionais: guitarra, claps, batidas, um contra-baixo (o menos tradicional), harpa e uma harmónica.

Pode comparar-se este álbum com 'Luna de Fuego' (um dos primeiros), na medida em que não utilizam instrumentos electrónicos. No entanto, existem diferenças: este último dava a sensação de uma arena, enquanto que Roots é mais intimista.

Roots foi gravado fora de estúdio, numa casa rústica do Sul da França, o que dá uma sonoridade bastante interessante às vozes e aos instrumentos. Recomendo vivamente aos apreciadores do género.

Era Pimba

Eu pertenço orgulhosamente à Geração Rasca... aquela que fez a PGA, mostrou o rabo ao ministro da educação, etc. e tal.

Agora parece que vamos entrar na Era Pimba. Os sinais estão aí! Quem quiser ver, que veja:

  1. Sabrina vai representar Portugal no Festival da Canção 2007 com a música intitulada "Dança Comigo (Vem Ser Feliz)", da autoria de Emanuel e Tó Maria Vinhas;
  2. Paulo Portas está prestes a ser o novo líder do CDS-PP;
  3. Santana Lopes admite candidatar-se a líder do PPD-PSD.

Tenham medo, meus senhores! Tenham muito medo!

As opiniões vinculadas através de posts com o label "Teoria da Conspiração" não devem ser levados a sério. Qualquer semelhança com situações, locais ou pessoas reais é mera coincidência. Não existem provas de nada que se escreva no âmbito deste post.

quarta-feira, março 14, 2007

Cuca, O Saltimbanco Destemido - Capítulo II

Feitas que estão as apresentações, a estória pode começar.

Estava uma calma tarde de primavera. O sol punha-se pachorrentamente no horizonte, com uma cor que fazia lembrar a cara de alguém que estivesse bastante envergonhado. Cuca brincava com o Monstro, atirando-lhe pedacitos de pão, que o bicho apanhava velozmente, ainda no ar, dando-lhes dentadas. Lurdinhas, com o cabelo apanhado e um avental que apertava as suas formas roliças, dava de comer ao par de cavalos que puxavam a roulotte. À falta de melhor, Cuca tinha-os baptizado de Piolho e Lêndea. Perdoe-me o leitor que a apresentação destas últimas personagens de relevo pertencentes aos domínios do Cuca não tivesse sido feita no capítulo anterior.

- Luuurdes... tás a dar de comer ao Piolho e à Lêndea? - perguntou Cuca.

- Atão não vês que é o que estou a fazer? Se deixasses de brincar com o Monstro e fosses fazer algo de mais útil, fazias melhor! - respondeu Lurdinhas.

- E estou a fazer algo de útil! Estou a dar de comer ao bicho!

- Às prestações... deixa aí a carcaça toda que ele come na mesma! E tu ficas com tempo, por exemplo, para arrumares a bagunçada que está dentro da roulotte!

- O coitado pode-se entalar... é certo que tem uma boca de piranha... mas se lhe dou a carcaça toda ainda se entala com ela! Mais vale partí-la e dar-lha assim... Sempre vai treinando as mordidelas... se aparecer por aqui algum gatuno...

- Olha... o maior gatuno ainda és tu...

- Levas-me uma lamparina nessas beiças...

- Prontos... tinha de acabar em discussão!

E acabava quase sempre em discussão. Viviam possivelmente há demasiado tempo juntos. Três anos a olharem para o focinho um do outro, sem interrupções, levava-os a confrontos fáceis. Discutiam, amuavam, ia cada um para o seu canto e depois, devagarinho, começavam a falar um com o outro. Primeiro, com frases curtas. Depois, com discursos melosos. Mais tarde, com beijos e abraços que se prolongavam pela noite dentro.

Depois da discussão ter de facto acontecido, o diálogo continuou já na fase das frases curtas:

- Amanhã de manhã partimos daqui?

- Sim.

- P'ra onde?

- Em direcção ao Castelo... sabes bem!

- Queres ir ao Castelo?

- Quero.

- Fazer o quê?

- Mostrar-te uma coisa que não vais acreditar...

terça-feira, março 06, 2007

Independência Implícita

Alguns textos dispersos...

"O governante [Mariano Gago, Ministro do Ensino Superior] questiona os pressupostos de funcionamento dos 14 cursos da Universidade [Independente], prometendo "as medidas necessárias para a salvaguarda dos interesses dos alunos", refere em comunicado."
in DN OnLine 28.02.2007

"José Sócrates [Primeiro Ministro de Portugal] é bacharel em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (1978), e completou a licenciatura na Universidade Independente em Lisboa (1996)".
in Wikipedia 27.02.2007
As opiniões vinculadas através de posts com o label "Teoria da Conspiração" não devem ser levados a sério. Qualquer semelhança com situações, locais ou pessoas reais é mera coincidência. Não existem provas de nada que se escreva no âmbito deste post.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Cuca, O Saltimbanco Destemido - Capítulo I

"Saltimbanco - do It. saltimbanco, salta em banco, s. m., pelotiqueiro; histrião; ginasta ou acrobata que se exibe nas feiras, festas, etc. ; charlatão de feira ou de circo."

É difícil contextualizar esta estória no espaço e no tempo. Só se pode dizer que foi há muito tempo atrás, em local incerto. Não existia nesse tempo nenhuma das modernices a que nós estamos acostumados hoje em dia. O automóvel, por exemplo, era uma curiosidade apenas acessível aos mais afortunados habitantes das grandes urbes. Mas também não é numa urbe que a nossa estória se conta. Imagine o leitor o cenário mais idílico que conseguir e terá quase conseguido apreender o espaço que servirá de pano de fundo a este negro romance.

Teotónio Marialva. Dito assim, provavelmente não lhe dirá nada. Se for dito de outra forma, provavelmente continuará a não lhe dizer nada... pelo menos por agora. Teotónio Marialva era conhecido entre o seu rol de amigos mais chegados como Cuca.

Cuca vivia numa roulotte, ao estilo dos ciganos, puxada por cavalos. Lá dentro, tinha apenas o indispensável para lhe proporcionar um mínimo de conforto nas longas jornadas que fazia: uma cama, partilhada com a sua companheira de aventuras, Lurdinhas dos Prazeres. Também por lá andavam uma mesa e duas cadeiras, que dançavam por todo o lado durante as viagens, partindo, por vezes, os poucos pertences do casal. A um canto, um armário com portas que fechavam, guardava os copos, pratos e garfos do parco enxoval. Num outro canto, um baú. Era o baú do Cuca. E aí ninguém mexia! Só ele! Lá dentro, estavam os ingredientes indispensáveis para a confecção do seu Elixir da Boa Saúde, que vendia pelas feiras e mercados. Da parte de fora da casa ambulante, preso por uma trela relativamente longa, deambulava o Monstro... um pequeno caniche de olhar ameaçador e dentes afiados, que se atirava a todos que se tentassem aproximar da roulotte. Por vezes, Cuca esquecia-se de o desprender da roulotte quando iniciava mais uma das suas viagens, arrastando o pobre do bicho durante algumas centenas de metros, antes de se aperceber do erro que havia cometido.

Biografia Sussinta de Casimiro Lambreta

Casimiro Lambreta, nascido em Lisboa a 19 de Janeiro de 1953, na freguesia de Alfama, de ascendência simples e pobre, desde cedo cresceu a ouvir o fado vadio e os pregões das varinas.

Não é de estranhar que se tenha tornado escritor, poeta e homem de letras, depois de ter falhado uma carreira de palhaço no circo Ringland.

É autor de livros best-seller como: "Eduardo, Mais um Jovem com Acne", "Divagações Sobre O Combustível Verde", ou ainda "O Teu Coração É Um Pudim de Noz". Na poesia, escreveu alguns textos dispersos, mas ultimamente o seu editor tem reunido estes poemas em antologias tais como: "Canto dos Repolhos", "Diversos Hinos Sobre a Unicidade do Ser", "Reflexos de Um Lamaçal" ou, aquele que é considerado por muitos o expoente da poesia portuguesa: "Desfaz-me Com Versos Cortantes".

Nos dias que correm, fez do Alentejo o seu local para viver. Vida sofrida, aquela que Casimiro Lambreta teve. Em Abril de 1974, quando outros andavam preocupados com revoluções, Casimiro Lambreta resolveu percorrer de Lambreta, os quatro cantos de Portugal, tendo surgido daí a sua alcunha.

Casimiro Lambreta dedica agora mais tempo para aquilo que lhe é realmente importante: escrever!

Neste momento, trabalha em duas obras paralelas: "Amor na Lota do Peixe", um romance que muitos consideram autobiográfico com laivos de ficção científica e "Cuca, o Saltimbanco Destemido".

Este Blog servirá de divulgação das obras de Casimiro Lambreta. Depois de "Amor na Lota do Peixe", segue-se o romance negro "Cuca, o Saltimbanco Destemido". A não perder!

Amor na Lota do Peixe - Capítulo X (e último)

Aquela lota nunca mais foi a mesma... não depois que viram partir Olívia Manca e o extraterrestre em direcção ao ponto onde o mar e o céu se fundem.

Na modesta embarcação, o casal seguiu calmamente o seu destino.

- Diga-me, senhor extraterrestre... o seu planeta é bonito?

- Diz-me, Olívia Manca... ainda consegues avistar terra?

- Não... só vejo água à nossa volta!

- Óptimo! Que isto já me estava a fazer calor!

Num ápice, a criatura despiu a sua fantasia de extraterrestre, deixando pela primeira vez a sua verdadeira identidade brilhar sob o sol do meio-dia. Pasmai: Zé Bigodes.

- Zé Bigodes? Tu, por baixo de uma fantasia de extraterrestre mascarada pela fantasia de russo? Mas por quê?

- Eu explico, Olívia Manca! É tudo muito simples: a minha mãe, Sezaltina Buços teve um caso com Joselino Narigangas, mas encontrava-se também com Florindo Lambreta, nos dias em que estava de folga dos trabalhos da quinta. Numa dessas folgas, a minha mãe levou mais para a frente a relação que tinha com Florindo Lambreta e eu nasci. De comum acordo, ambos acharam melhor que Joselino Narigangas fosse considerado o verdadeiro pai da criança. Assim, sempre puderam extorquir uma soma avultada de massa aos marretas dos Narigangas, que pagaram forte e feio pelo silêncio da minha mãe. O dinheiro era tanto que deu para ela e para o meu verdadeiro pai: Florindo Lambreta! Como vês, não somos meios-irmãos e por isso, o nosso amor é cem-por-cento válido! Quando a paixão nasceu entre nós os dois, eu e o meu pai, pensamos num plano para que eu conseguisse ficar contigo, sem desmascarar os factos sobre a minha verdadeira filiação. Florindo Lambreta, o meu amado pai, foi espião da rússia durante muitos anos aqui em Portugal e reconhecido lutador pelos direitos comunistas, para infelicidade das gentes de Vila Marmota. Como contrapartida, os russos proporcionam-lhe algumas facilidades em vários campos. Basicamente, eis o plano que arquitectámos: Faz hoje uma semana, eu e o meu pai fomos à Russia. Nos laboratórios federais, os russos fizeram um clone de mim mesmo. O seu envelhecimento foi acelerado numa incubadora até que ficássemos os dois com a mesma idade e com o mesmo aspecto. Regressámos depois os três a Portugal num submarino de aluguer a propulsão nuclear, que ficou ao largo da costa portuguesa. Hoje de madrugada, quando fui à faina, naveguei em direcção ao submarino e troquei de lugar com o meu clone, que engoliu de propósito um pouco de plutónio. Ele veio ao encontro das gentes de Vila Marmota e deu-me pé para entrar na estória, salvando o meu clone da contaminação pelo Plutónio. Como esta vila é contra o comunismo, seria mais fácil para esta gente aceitar o teu casamento com um extraterrestre do que com um apoiante do comunismo russo! Felizmente tu conseguiste ver o meu disfarce de russo e puseste a descoberto o meu disfarce de extraterrestre. Como tu não sabias de nada, agiste por instinto, o que deu mais realismo à cena. O meu clone, Zé Bigodes II, viverá naquela comunidade cumprindo todas as tradicções de Vila Marmota e nós não nos teremos que preocupar mais com os outros, porque todos pensam que estamos noutro planeta. A felicidade perfeita, mon amour!

- Ó Zé Bigodes! Meu Zé Bigodes! E tudo isto por mim!

- Sim! Por ti, minha estrela da madrugada, meu recife de coral multicolor, minha estrelinha do mar, minha pérola do oceano!

Zé Bigodes, entretido que estava a encontrar adjectivos que descrevessem Olívia Manca, não reparou num pequeno rochedo que conseguiu rasgar uma das paredes do bote de borracha. Consta-se que depois do desastre, ambos nadaram até às ilhas Maldivas, onde chegaram cansados, mas felizes.

Entretanto, em Vila Marmota, Miquelina Zarolha apresentava a sua última teoria ao mar de gente que se acotovelava perto do pelourinho onde a discursante se encontrava.

- ...por isso, não vos deixeis iludir, ingénua gente! Eu posso garantir-vos que Zé Bigodes é um clone do verdadeiro Zé Bigodes, que partiu com Olívia Manca para uma vida incestuosa!

Joselino Narigangas, de porte fino, altivo e com palavras escolhidas a dedo, fez ressaltar a sua voz no meio da multidão, cheia de conteúdo poético:

- Empalem-me essa velha caquética!

FIM

Audiolivro - Poemas de Luiz Vaz de Camões (Português Europeu - Portugal)

Seleção pessoal de 22 poemas de Luiz Vaz de Camões (Luís Vaz de Camões na grafia moderna). Luiz Vaz de Camões (1524-1580) é o grande poeta d...