"Saltimbanco - do It. saltimbanco, salta em banco, s. m., pelotiqueiro; histrião; ginasta ou acrobata que se exibe nas feiras, festas, etc. ; charlatão de feira ou de circo."
É difícil contextualizar esta estória no espaço e no tempo. Só se pode dizer que foi há muito tempo atrás, em local incerto. Não existia nesse tempo nenhuma das modernices a que nós estamos acostumados hoje em dia. O automóvel, por exemplo, era uma curiosidade apenas acessível aos mais afortunados habitantes das grandes urbes. Mas também não é numa urbe que a nossa estória se conta. Imagine o leitor o cenário mais idílico que conseguir e terá quase conseguido apreender o espaço que servirá de pano de fundo a este negro romance.
Teotónio Marialva. Dito assim, provavelmente não lhe dirá nada. Se for dito de outra forma, provavelmente continuará a não lhe dizer nada... pelo menos por agora. Teotónio Marialva era conhecido entre o seu rol de amigos mais chegados como Cuca.
Cuca vivia numa roulotte, ao estilo dos ciganos, puxada por cavalos. Lá dentro, tinha apenas o indispensável para lhe proporcionar um mínimo de conforto nas longas jornadas que fazia: uma cama, partilhada com a sua companheira de aventuras, Lurdinhas dos Prazeres. Também por lá andavam uma mesa e duas cadeiras, que dançavam por todo o lado durante as viagens, partindo, por vezes, os poucos pertences do casal. A um canto, um armário com portas que fechavam, guardava os copos, pratos e garfos do parco enxoval. Num outro canto, um baú. Era o baú do Cuca. E aí ninguém mexia! Só ele! Lá dentro, estavam os ingredientes indispensáveis para a confecção do seu Elixir da Boa Saúde, que vendia pelas feiras e mercados. Da parte de fora da casa ambulante, preso por uma trela relativamente longa, deambulava o Monstro... um pequeno caniche de olhar ameaçador e dentes afiados, que se atirava a todos que se tentassem aproximar da roulotte. Por vezes, Cuca esquecia-se de o desprender da roulotte quando iniciava mais uma das suas viagens, arrastando o pobre do bicho durante algumas centenas de metros, antes de se aperceber do erro que havia cometido.
Um blog de Vítor Carvalho.
Algumas reflexões sobre acessibilidade, usabilidade e design para a Web, ideias, desabafos, viagens, humor, crítica e fotografias...
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