sexta-feira, janeiro 05, 2007

Viagem a Setúbal (Parte IV)

Do quarto do hotel avistava-se uma construção no topo de um monte, que calculámos ser o Castelo de Palmela. Por isso, foi relativamente fácil planear a primeira paragem daquele dia.

Sede da Ordem de Santiago na Baixa Idade Média, e ponto fundamental na história militar do reino de Portugal, sabe-se, hoje, que a sua relevância no contexto regional é bem mais antiga, recuando ao período romano.

Do castelo, avistam-se todas as terras que circundam Palmela (Montijo, Marateca, Setúbal, Pinhal Novo, etc.). Sabendo deste facto, os "guardiões do castelo" resolveram colocar um miradouro num dos terraços.

De Palmela, dirigimo-nos para o Cabo Espichel. Lá chegados, deparámo-nos com o Santuário de Nossa Senhora do Cabo (século XVII). A fotografia que se segue, foi tirada a partir de um cruzeiro. Aquilo que se vê de cada lado do terraço, são antigas hospedarias.

Posso dizer que foi aqui, no Cabo Espichel, que senti pela primeira vez vertigens. A terra afunda-se aos nossos pés, em precipícios que nos cortam a respiração. Só em fotografias panorâmicas é que se consegue fazer juz a este local.

Lá ao fundo, um mar completamente mudo (quase não se consegue ouvir o rebentamento das ondas devido à altura a que nos encontramos).

"Água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura". Conseguem pensar num ditado melhor para ilustrar a fotografia que se segue? Esclareço que se trata de uma foto macro. O buraco na rocha tinha cerca de 2 centímetros de diâmetro.

O Cabo Espichel é um excelente local para se dar uma aula de geologia. Os estratos rochosos mostram toda a sua beleza nas vertentes atingidas por sucessivas derrocadas.

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