quinta-feira, novembro 09, 2006

Ponte de Lima

Existem muitas boas razões que me ligam a Ponte de Lima. Embora me desloque frequentemente a esta pitoresca vila minhota, momentos há em que, por qualquer razão, se olhe para as coisas com outros olhos e se descubram pormenores outrora invisíveis... mesmo nos sítios em que já nos fartámos de passar.

A mais antiga vila de Portugal está a ser cuidadosamente preservada, com obras de requalificação merecedoras de uma atenta visita. O único senão que encontro nesta vila é o areal junto da ponte, utilizado como parque automóvel, desvirtuando o conjunto que se observa do outro lado do Lethes, o rio ancestral do esquecimento, mais conhecido por rio Lima.


A Ponte sobre o Rio Lima, é "formada por dois troços distintos, um romano e outro medieval. O séc. I é a altura mais provável da construção da Ponte Romana, visto por ela passar a via iniciada pelo Imperador Augusto. A Ponte Medieval de características góticas foi provavelmente concluída em 1370, integrando-se nas obras de fortificação da Vila mandadas fazer pelo Rei D. Pedro I, datando o calcetamento e a colocação dos merlões de 1504, por ordem de D. Manuel I, sendo originalmente flanqueada por duas torres demolidas na segunda metade do séc. XIX "por necessidades de tráfego" juntamente com grande parte do sistema defensivo urbado. A Ponte Romana, de configuração muito simples, apresenta um tabuleiro rampante assente sobre sete arcos de volta interia, sendo dois mais recentes, dispostos irregularmente e de diferentes vãos, encontrando-se um deles encoberto pelo maciço onde assenta a Igreja de Santo António e onde encosta o embasamento da Torre Velha, que separava as pontes. Dois dos dezassete arcos quebrados da Ponte Gótica, encontram-se soterrados pelos arranjos urbanísticos da Praça de Camões e um outro foi destruído na defesa da Vila contra o exército de Napoleão em 1809. Destacam-se os talhamares de forma prismática, encimados por olhais também de arco quebrado e no centro um cruzeiro armoriado que delimitava as dioceses de Braga e Tui".

Atravessando a ponte vindos da vila, deparámo-nos com os Jardins Municipais onde, todos os anos pelo verão, realiza-se o Festival dos Jardins, onde se podem ver vários jardins temáticos. Mesmo fora de época, os Jardins Municipais merecem uma visita, pela calma que proporcionam e pelas belezas naturais que despontam aqui e ali, de que são exemplos esta flor...

E os nenúfares junto à estufa...


Como podem ver, não são só o Arroz de Sarrabulho ou os Rojões à Minhota que vos esperam nestas paragens de Portugal.

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