terça-feira, janeiro 08, 2008

Uma Verdade Inconveniente

Comecei a ver anteontem o DVD deste filme, onde a estrela principal é Al Gore, "conhecido antigamente como o próximo Presidente dos Estados Unidos da América". É um filme muito bem feito, onde se aborda a influência da poluição provocada pela humanidade no Planeta Terra. Os conceitos são apresentados com simplicidade num slideshow excelente, durante uma palestra de Al Gore. Os dotes oratórios de Al Gore são óbvios. De vez em quando, temos alguns flashbacks dos momentos cruciais da vida de Al Gore e os motivos que o levaram a despertar a sua consciência para os problemas ambientais.

A minha consciência também estava relativamente desperta em termos ambientais, mas este filme veio com toda a certeza reforçar essa consciência. O que vou dizer a seguir pode parecer um lugar comum, mas é a verdade: nos pequenos actos do nosso dia-a-dia, podemos fazer a diferença.

Ao ver o filme interroguei-me: se Al Gore tivesse ganho as eleições a George Bush, o mundo estaria melhor do que o que está, a nível económico, militar e ambiental? Podemos ter perdido um bom Presidente... mas nunca perdemos um excelente defensor das causas ambientais.

3 comentários:

Anónimo disse...

Acho que devias ler a página:

http://en.wikipedia.org/wiki/Inconvenient_Truth

Eu também gostei muito do filme, até perceber que tem erros cientificos.

Já acerca do que podemos fazer para ajudar a resolver o problema, bebamos de novo da sapiencia da wikipedia:

"... livestock industry which [...] generates 65 per cent of human-related nitrous oxide, which has 296 times the Global Warming Potential (GWP) of CO2" e "livestock are responsible for 18 percent of greenhouse gas emissions, a bigger share than that of transport." - Ou seja, o melhor que tens a fazer é deixar de comer carne, e virar vegan. Podes continuar a andar de carro para todo lado.


Ninguem diria que no final, ia ser a flatulencia de vaca a ditar o fim da Humanidade.

Deus, a existir, tem de certeza um sentido de humor apurado :)

Vítor Carvalho disse...

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra... por falar em terra, existem mais de 6 mil e 600 milhões de pessoas à face da terra. Imagina maus comportamentos ambientais multiplicados por esse número. Noto alguma ironia nas tuas frases finais e por isso, não as levo à letra. O cerne da questão está mesmo nas pequenas coisas que podemos fazer no nosso dia-a-dia: utilizar o carro apenas para o indispensável, fazer a separação do nosso lixo doméstico, reciclar sempre que possível... com certeza concordarás que todos viveremos melhor. Voltando ao filme, pode ser que existam erros científicos, mas existe também boa informação científica. Uma coisa que não nos podemos esquecer é que nunca existem verdades absolutas na ciência: aquilo que é dado como potencialmente certo hoje, pode ser provado como estando bastante errado amanhã. Tratando-se do nosso planeta - que, até hoje, é o único local do universo em que conseguimos sobreviver -, não será melhor jogar pelo seguro?

Anónimo disse...

Sou algo activa quanto à reciclagem e poupança de recursos naturais. Não tanto quanto gostaria, mas mais vale pouco do que nada. Dizem os sabidos que “migalhas também é pão”.
No entanto há situações que me deixam interrogada. Há dias, num qualquer meio de informação, questionavam os consumidores se tinham o hábito de reciclar. Aos que respondiam positivamente, perguntavam ainda se o continuariam a fazer se tivessem de pagar pelo serviço de reciclagem. A maioria respondeu que não pagaria. Não posso deixar de concordar que, provavelmente, pertenço a esse grupo. Se me pedissem mais dinheiro por pôr os plásticos no contentor amarelo, os papéis no contentor azul, etc, provavelmente também os meus sacos das respectivas divisões iam parar ao contentor do lixo orgânico. Claro que fico chocada quando vou colocar o lixo orgânico no respectivo contentor e está lá um saco cheio de garrafas de vidro vazias (principalmente porque na minha zona os ecopontos e os contentores do lixo orgânico andam sempre lado a lado), mas não serei eu uma futura prevaricadora? Ainda assim já comecei a habituar o meu mais novo (com pouco mais de dois anos) a fazer a separação como os meninos da televisão... até um dia….
Ainda assim sei que sempre que comprar um novo electrodoméstico pago uma ecotaxa (que raramente vem especificada como tal, sendo quase sempre dissimulada no preço total do equipamento). Também sei que em todas as facturas da água pago a Tarifa de Saneamento (engloba um montante fixo mensal e outro variável em função do número de m3 de água facturada, destinado à câmara pela prestação do serviço de recolha, depósito e tratamento de lixos (resíduos sólidos) e do serviço de drenagem de águas sujas e pluviais, de procedência doméstica ou industrial (águas residuais)) e um Adicional (valor que incide sobre o número de m3 de água facturada, destinando-se à compensação do valor dos consumos municipais considerados de interesse público como lavagem de ruas, rega de jardins, chafarizes entre outros). Também sei que todos os anos pago à câmara cerca de 150 euros de taxa de esgotos. Fora todas as outras taxas que pago e nem sei, como tantos de nós… Até li que se quisermos entregar equipamento informático obsoleto numa qualquer empresa de reciclagem, temos de pagar para que o recebam…. Não haveria de haver uma mudança de atitude de quem manda para incentivar as pessoas a reciclar e poupar?

PS: Finalmente voltaram os posts :-)

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