Procuro, primordialmente, sonoridades novas e interessantes. Considero-me com algum gosto musical e, desde que a música seja boa, ouço todos os géneros.
Tenho pena que, cada vez mais, a língua de eleição seja o inglês. Agrada-me a diversidade cultural e penso que podemos ser unidos nessa mesma diversidade.
Para este ano faço a seguinte seleção.
Estónia
Uma música excêntrica, talvez com algumas influências de Nick Cave & The Bad Seeds. Existem também alguns solos discretos de guitarra elétrica que se assemelham aos de Mark Knopfler... será por isso que gosto desta música?
Reino Unido
Sonoridade de disco riscado, visual e vozes dos anos 20 (do século XX), apimentadas com melodias mais digitais. Uma combinação diferente e inesperada.
Montenegro
Só pelos primeiros 30 segundos já merece ter uma posição de destaque no Festival. Depois, é cantada em Montenegrino, uma escolha de louvar. Uma música assente em raízes tradicionais, com muito bom gosto.
Quanto a Portugal, espero que a Leonor Andrade tenha corrigido as afinações. A presença em palco é fundamental (e ela tem-na) e a voz é bem colocada e poderosa mas eu sou particularmente sensível a desafinações. A música não é desengraçada, seguindo o estilo do seu compositor, mas também não é nada de radicalmente novo.