Mark Knopfler instalou-se definitivamente na sonoridade mais calma e folk (com uma forte vertente para os blues) com este novo "Privateering", o seu sétimo trabalho a solo, distanciando-se cada vez mais do que estaríamos habituados com os Dire Straits... mas isso não é uma coisa má. Hey! Don't get me wrong! Continuo a gostar bastante de Dire Straits! Mark Knopfler mostra-nos apenas que é tão bom no rock como é agora no folk, blues ou country. Devo confessar que não morro de amores pelos seus blues em "Don´t Forget Your Hat", "Got to Have Something", "Today is Okay" ou "Hot or What" (embora goste de "Miss You Blues") aprecio mais as melodias e instrumentos utilizados em músicas como "Redbud Tree", "Hawl Away", "Privateering", "Go, Love" ou "Kingdom of Gold". "Corned Beef City" e "I Used to Could" são das suas músicas mais rockeiras. No lado oposto, temos o tom meloso de "Radio City Serenade". "Gator Blood" transmite uma imagem stereo a parecer que Mark Knopfler e a sua banda fizeram da nossa sala o seu estúdio de gravação. "After the Beanstalk" encerra este duplo álbum remetendo-nos para um tom mais country que podia muito bem ser ouvido num antigo saloon de cowboys.
Em jeito de conclusão, faz-me falta ouvir mais a guitarra de Mark Knopfler. Ele próprio admite concentrar-se agora nas letras das músicas, dando-lhes mais significado ao encurtar os seus solos de guitarra. "Privattering" é um álbum duplo e isto deve-se ao facto de Mark Knopfler estar numa fase bastante criativa. Segundo as suas palavras, "if that's just panic of time running out, I really don't know"! Esperemos que Mark Knopfler continue por muito tempo esta sua fase bastante criativa.
Mais um álbum a comprar para a minha coleção.
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