Esta mensagem deveria ter sido uma das primeiras. No entanto, considerem-na umas boas-vindas para todos quantos, através do Facebook, lêem as mensagens do meu blogue etiquetadas com Acessibilidade e Usabilidade Web, recolhidas na página AUW - Acessibilidade e Usabilidade Web.
Num curso Moodle sobre "Acessibilidade na Sala de Aula" promovido pela Universidade do Porto, dei a minha definição de acessibilidade:
Acessibilidade é o grau com que determinada tecnologia consegue chegar ao maior número de utilizadores possível.
É uma visão tecnológica da acessibilidade. Não está errada mas é com certeza incompleta.
O Dicionário da Língua Portuguesa da Infopédia define acessibilidade como "facilidade no acesso; facilidade na obtenção; conjunto das condições de acesso a serviços, equipamentos ou edifícios destinadas a pessoas com mobilidade reduzida ou com necessidades especiais". Já o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa é mais vago e lacónico, definindo a acessibilidade como a "qualidade do que é acessível". Consultando a definição de acessível tem-se "a que se pode chegar, Figurado lhano (singelo no trato, franco, sincero), dado, tratável".
Debruce-mo-nos agora sobre usabilidade. O dicionário da Priberam define usabilidade como a "qualidade do que é usável, característica do que é simples e fácil de usar, capacidade de um objeto, programa de computador, página da internet, etc. de satisfazer as necessidades de um utilizador de forma simples e eficiente". O dicionário da Infopédia atribui este conceito ao domínio da informática, afirmando que é a "característica de um produto (página da Internet, programa, etc.) que se adapta convenientemente ao objetivo para o qual foi concebido".
Por esta altura já começamos a vislumbrar que, no que respeita à Internet, os conteúdos disponibilizados devem ser acessíveis E usáveis. Isto porque, se por um lado a acessibilidade permite que qualquer utilizador consiga aceder à informação, a usabilidade garante que essa informação é tratável e fácil de apreender.
Para melhor compreensão, tomemos o exemplo que se segue.
Imagine que um utilizador genérico caminha por uma estrada amarela (ao estilo d'O Feiticeiro de Oz) e depara-se com um labirinto.
O labirinto está construído de tal forma que tem espaço suficiente para o utilizador em causa passar e o caminho para a saída está corretamente assinalado. É um labirinto acessível, na medida em que desvirtua o próprio conceito de labirinto (porque indica o caminho para a saída). No entanto, para o utilizador, um labirinto no seu caminho não é a usabilidade no seu melhor! Usável seria que não houvesse labirinto e que o utilizador pudesse seguir o seu caminho de forma mais simples e sem constrangimentos.
Um blog de Vítor Carvalho.
Algumas reflexões sobre acessibilidade, usabilidade e design para a Web, ideias, desabafos, viagens, humor, crítica e fotografias...
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