Logo nas primeiras páginas, houve algo que me fez pensar.
O autor diz que as pessoas grandes têm a mania dos números. Se dissermos às pessoas grandes: "Hoje vi uma casa com umas varandas muito bonitas, ladeadas por flores trepadeiras e portas de madeira escura", elas ficam quase na mesma. Mas se lhes dissermos: "Hoje vi uma casa de €250.000"! A coisa muda logo de figura... diriam qualquer coisa como: "Ah! Devia ser uma grande casa"! E isto aplica-se aos mais variados assuntos. As perguntas que as pessoas grandes mais gostam são: "Quantos anos tens"? "Quanto ganhas"? "Quantos filhos tens"? "Há quanto tempo estão casados"? Tudo coisas que envolvam números.
Mesmo para mim que não morro de amores por matemática... dá que pensar.
2 comentários:
é um mal geral, esse de quantificar tudo... estamos doentes e não sabemos!
temos uma telação psicótica com a noção de posse e com o tempo. funcionamos por metas, por comparações com o que os nossos pares têm ou fizeram, trabalhamos para o futuro, nunca temos tempo para nada. somos umas criaturas estranhas, a quem não faria mal nenhum beber umas doses de inocência, para sermos capazes de apreciar a vida de outra forma.
btw, O Principezinho é um dos livros de que mais gosto :)
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