- Já não me lembrava da última vez que tinha ido ao cinema;
- Alguns amigos aconselharam-me vivamente a ver o "Quem quer ser Bilionário";
Agora comecemos pelo título... preciosismos... um bilião em Portugal corresponde a milhão de milhão, ou seja: 1.000.000.000.000. Nos Estados Unidos da América, um bilião corresponde ao milhar de milhão português, ou seja: 1.000.000.000. O prémio a pagar ao "herói" do filme seria, na melhor das hipóteses, 20.000.000 (vinte milhões) de Rupias Indianas ou, em Euro, cerca de 313.700 (trezentos e treze mil e setecentos) ou, em Dólares dos Estados Unidos da América, cerca de 401.505 (quatrocentos e um mil quinhentos e cinco). Portanto, o termo bilionário parece-me excessivo.
Voltando ao que importa, fui ver o "Quem quer ser bilionário" aos cinemas Lusomundo do Parque Nascente (Rio Tinto). Estavam pouco mais de 20 pessoas (era uma sexta-feira, às 14:30 da tarde) na sala. O som era bom mas o filme apareceu sempre com riscas finas verticais negras do lado direito. Lembro-me que quando fui ver o King Kong a estes cinemas, o filme esteve desfocado na primeira parte (eles fazem um intervalo de sete minutos a meio do filme). Portanto, um voto negativo para a qualidade de imagem no cinema, em contraste com o voto positivo para a qualidade da fotografia.
Mesmo assim, posso dizer sem sombra de dúvida que é um filme bem feito. Caracteriza muito bem os contrastes existentes na Índia e a atmosfera oriental. Os desempenhos dos actores são acima da média, mesmo por parte das crianças. A estória está muito bem conseguida, fazendo o paralelismo entre a biografia do "herói" principal e as perguntas que lhe iam calhando no concurso "Quem quer ser milionário/bilionário", ao jeito de flashback. A banda sonora, como já referi, é boa, estabelecendo uma ponte entre a música tradicional indiana e apontamentos mais modernos como o rap. Um pouco mais cliché é a moral subjacente à estória... mas, não há filmes perfeitos. No fim é apresentada uma coreografia com os actores, muito ao jeito das produções de Bollywood.
Nota final: um filme a merecer, mais tarde, um lugar na minha prateleira de DVD's.