No sábado passado fui ver o filme Robinson Crusoé com o "meu mais velho".
A sinopse é esta:
Numa pequena ilha paradisíaca, Terça-feira, um papagaio bastante divertido vive com um grupo de animais amigos. No entanto, Terça-feira não para de sonhar como será o resto do mundo.
Depois de uma violenta tempestade, Terça-feira e seus amigos dão de caras com uma criatura estranha: Robinson Crusoé. Terça-feira vê imediatamente em Robinson a certeza de que há um mundo para além da ilha. Da mesma forma, Robinson logo percebe que a chave para sobreviver na ilha é através da ajuda do papagaio e dos outros animais.
Não é fácil no início, já que os animais não falam "humano", mas lentamente, todos eles começam a viver juntos em harmonia, até ao dia em que a sua vida confortável é posta em causa por dois gatos, também eles náufragos, que desejam assumir o controlo da ilha.
E no meio da batalha que se segue, Crusoé e os animais seus amigos depressa descobrem o verdadeiro poder da amizade, no meio de todas as adversidades.
É um filme franco-belga que se afigura como uma excelente alternativa ao main stream dos Estados Unidos.
Do ponto de vista técnico a animação é cuidada, com bastante preocupação com os detalhes das texturas e ambientes recriados que enriquecem a qualidade do produto final.
As personagens são bem pensadas, com alguma profundidade de caráter e com papéis bem definidos no desenrolar da estória.
Quanto à estória propriamente dita, peca talvez por não ter a cadência necessária para prender o espetador à tela. Fiquei uma ou duas vezes alheado do filme e o "meu mais velho" chegou a perguntar a dada altura se o filme tinha terminado. Não quero com isto dizer que o filme é maçudo ou sem ação. Muito pelo contrário. O que estou a apontar é a aparente falta de ponderação entre os momentos com mais ação e outros com menos ação. Se algo do mesmo tipo se repete por demasiado tempo pode criar uma sensação de desconforto em quem vê o filme. No final, tem-se a sensação que o filme é cortado para colocar um fim na estória.
Se voltava a ver o filme? Voltava. É um bom filme? Sem dúvida. Pela atenção ao pormenor e pela qualidade que já se atingiu no campo da animação por computador. Ao ponto em que nos esquecemos da tecnologia (*) para nos centrarmos naquilo que verdadeiramente interessa: a estória.
(*) No meu caso isto é quase impossível, talvez por "calo" profissional. Admiro a forma como trataram o render dos materiais, principalmente nas cenas mais "molhadas". Admiro também, mais uma vez, o cuidado e a atenção dados às texturas: madeira riscada, madeira partida, objetos metálicos, objetos molhados, cabelos, pelos, areia e rocha... um festival quase "gastronómico" para os olhos.
Um blog de Vítor Carvalho.
Algumas reflexões sobre acessibilidade, usabilidade e design para a Web, ideias, desabafos, viagens, humor, crítica e fotografias...
segunda-feira, maio 09, 2016
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Audiolivro - Poemas de Luiz Vaz de Camões (Português Europeu - Portugal)
Seleção pessoal de 22 poemas de Luiz Vaz de Camões (Luís Vaz de Camões na grafia moderna). Luiz Vaz de Camões (1524-1580) é o grande poeta d...
-
Não se faz... 25 anos (1/4 de século) a conviver com alguém e fazem-lhe isto! Para quem não sabia... o simpático boneco verde do Multibanco ...
-
Ainda na temática do último post , vou tentar explicar melhor quais os tipos de cegueira às cores que existem. Mas, antes disso, convém cont...
-
Quem for da minha geração, com certeza vai lembrar-se disto! Longe vai o tempo em que a Nestlé tinha outra mascote para o seu produto ...