Na minha meninice, os serões eram passados parcialmente a ver episódios de telenovelas. A diferença para os dias de hoje, é que naquela altura só havia uma por dia! Deixo aqui algumas recordações empoeiradas para que todos possamos curtir um pouco de saudosismo...
Água Viva - Uma das primeiras novelas de que tenho memória. Marcou-me principalmente a música do genérico e aquela que foi o meu primeiro amor platónico televisivo: a Isabela Garcia (na altura, ela tinha 13 anos e eu 6).
Roque Santeiro - Quem não se lembra do Siôzinho Malta e da Viúva Porcina? A novela gira em torno de uma povoação (Asa Branca) cuja fonte de rendimentos é o turismo religioso, assente na lenda de Roque Santeiro, um mártir. Descobre-se afinal que Roque Santeiro está vivo e não é nada do que dizem ser. Ele volta para desmascarar todas as hipocrisias existentes. Para além do humor e excelentes desempenhos dos actores, fica também a fabulosa banda sonora.
Guerra dos Sexos - Uma novela marcada pelo humor e pelo desempenho de dois excelentes actores: Paulo Autran e Fernanda Montenegro.
O Bem Amado - A primeira novela colorida do Brasil. A frase mais conhecida é "Povo de Sucupira"! dita por Paulo Gracindo, cuja personagem era o Presidente de Sucupira. Uma das tramas gira à volta da construção de um cemitério, carinhosamente apelidado de "Elefante Branco", já que ninguém queria morrer para inaugurá-lo. Outra trama é a de Zelão: um homem cujo sonho é voar pelos seus próprios meios.
Um blog de Vítor Carvalho.
Algumas reflexões sobre acessibilidade, usabilidade e design para a Web, ideias, desabafos, viagens, humor, crítica e fotografias...
sexta-feira, outubro 26, 2007
Palavras Giras
O Português é uma língua extremamente rica. Curiosamente, os Gatos Fedorentos sabem explorar bastante bem esta faceta e incluem nas suas rábulas, aqui e ali, algumas pérolas linguísticas, que ajudam a apimentar o humor.
Aqui vai a minha lista pessoal de palavras giras:
Aqui vai a minha lista pessoal de palavras giras:
- Cadafalso - estrado que se ergue em lugar público para justiçar condenados à morte;
- Cambeta - aquele que é torto das pernas;
- Cambota - veio que recebe o movimento alternado do êmbolo do motor e o transforma em movimento circular;
- Chuca - gralha das torres;
- Cocuruto - a parte mais alta de uma coisa;
- Bisbilhoteiro - mexeriqueiro;
- Doidivanas - pessoa leviana, estouvada;
- Farofa - comida de farinha de mandioca cozida em manteiga ou toucinho;
- Fífia - voz ou som desafinado;
- Ganapo - garotelho;
- Jarreta - pessoa velha e ridícula;
- Morcão - indivíduo mandrião, molengão, palerma;
- Patife - mariola, biltre, maroto, tratante, brejeiro;
- Penca - folha grossa e carnuda de alguns vegetais;
- Piloro - orifício de comunicação do estômago com o intestino;
- Pingarelho - qualquer coisa mal segura;
- Pupu - tufo de cabelo no alto da cabeça;
- Rabanada - fatia de pão frita em azeite ou outra gordura, envolvida em ovos, depois de molhada em leite ou água, e polvilhada com açúcar e canela;
- Sebo - substância gorda e consistente das vísceras abdominais de alguns animais;
- Sovaco - cavidade sob o braço;
- Zabumba - tambor grande.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Maternidades do Século XXI
O Governo encerrou várias maternidades alegadamente pela falta de condições que estas ofereciam às utentes. Por outro lado, desde que esta medida entrou em vigor (há menos de um ano), já nasceram 100 crianças em ambulâncias ou carros dos bombeiros. Deixem ver se entendo... uma ambulância ou um carro de bombeiros, geralmente com pessoas não qualificadas no que toca a partos, têm mais condições que as antigas maternidades... "'tá bem, 'tá"!
quinta-feira, outubro 04, 2007
Parabéns, Santana!
Acusam-no de ser popularucho... mas não o podem acusar de, pelo menos desta vez, não ter feito a coisa certa.
Resume numa atitude aquilo que as televisões precisam: um abanão. Para deixarem de ser popularuchas e concentrarem-se naquilo que deviam, ou seja, informarem imparcialmente, dando a relevância que os assuntos merecem (na vertente jornalística).
De notar duas coisas: a falta de à-vontade que a jornalista demonstrou perante uma situação inesperada e a simpatia com que Santana Lopes tratou a jornalista (provavelmente por vê-la aflita). Também houve a "breve pausa" da praxe.
Resume numa atitude aquilo que as televisões precisam: um abanão. Para deixarem de ser popularuchas e concentrarem-se naquilo que deviam, ou seja, informarem imparcialmente, dando a relevância que os assuntos merecem (na vertente jornalística).
De notar duas coisas: a falta de à-vontade que a jornalista demonstrou perante uma situação inesperada e a simpatia com que Santana Lopes tratou a jornalista (provavelmente por vê-la aflita). Também houve a "breve pausa" da praxe.
segunda-feira, outubro 01, 2007
O Cosmos de Carl Sagan
Hoje instalei a nova versão do Google Earth, graças a uma dica do meu amigo F. S.. Esta nova versão contempla a exploração do céu e não somente da terra. Conseguimos ver as constelações, as galáxias, as estrelas, os planetas, as informações com eles relacionadas e até acompanhar o seu movimento. Um must.
Isto avivou-me a veia de astrónomo. Desde criança que sou muito interessado por estes assuntos... e em abono da verdade, não consigo imaginar quem não seja... quem não se tenha interrogado pelo menos uma vez sobre este mecanismo celeste, do qual somos peças integrantes... sobre qual o sentido de tudo o que existe... e mesmo por que é que tem de existir alguma coisa.
Quando olho para trás e tento procurar o momento em que começou o meu interesse pela astronomia, vem inevitavelmente à minha memória a série televisiva protagonizada por Carl Sagan: "Cosmos". Para quem não sabe, Carl Sagan foi um cientista de renome, envolvido em vários projectos da Nasa, como as missões Viking a Marte ou a Voyager, com o seu célebre disco de sons da terra, destinada a percorrer o espaço fora do nosso sistema solar, ao encontro de uma possível civilização extra-terrestre a quem entregar os cumprimentos terráquios.
Não consigo deixar de sentir um calafrio na espinha sempre que vejo a introdução desta série. A força das imagens, aliada à música magistral de Vangelis e o discurso de Carl Sagan, tornam este momento único. Carl Sagan tinha o dom de explicar os mais complexos fenómenos científicos ao comum dos mortais.
É de Carl Sagan a seguinte frase: "Cosmos é tudo quanto existe, existiu, ou existirá".
Isto avivou-me a veia de astrónomo. Desde criança que sou muito interessado por estes assuntos... e em abono da verdade, não consigo imaginar quem não seja... quem não se tenha interrogado pelo menos uma vez sobre este mecanismo celeste, do qual somos peças integrantes... sobre qual o sentido de tudo o que existe... e mesmo por que é que tem de existir alguma coisa.
Quando olho para trás e tento procurar o momento em que começou o meu interesse pela astronomia, vem inevitavelmente à minha memória a série televisiva protagonizada por Carl Sagan: "Cosmos". Para quem não sabe, Carl Sagan foi um cientista de renome, envolvido em vários projectos da Nasa, como as missões Viking a Marte ou a Voyager, com o seu célebre disco de sons da terra, destinada a percorrer o espaço fora do nosso sistema solar, ao encontro de uma possível civilização extra-terrestre a quem entregar os cumprimentos terráquios.
Não consigo deixar de sentir um calafrio na espinha sempre que vejo a introdução desta série. A força das imagens, aliada à música magistral de Vangelis e o discurso de Carl Sagan, tornam este momento único. Carl Sagan tinha o dom de explicar os mais complexos fenómenos científicos ao comum dos mortais.
É de Carl Sagan a seguinte frase: "Cosmos é tudo quanto existe, existiu, ou existirá".
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